A Netflix enfrenta uma crise sem precedentes após Elon Musk iniciar uma campanha contra a plataforma de streaming em suas redes sociais. O boicote, que começou na última quarta-feira (1º), já causou um prejuízo estimado em US$ 15 bilhões, equivalente a R$ 100 bilhões em valor de mercado.
A mobilização teve início quando o bilionário acusou a Netflix de promover uma agenda ideológica em conteúdos infantis. Em mensagem publicada no X (antigo Twitter), Musk pediu aos seguidores que cancelassem suas assinaturas “pela saúde de seus filhos”. A campanha ganhou força rapidamente entre usuários conservadores, que apontaram a série “Dead End: Paranormal Park”, com protagonista trans, como exemplo dessa suposta influência.
Os impactos no mercado financeiro foram imediatos. As ações da empresa, que eram cotadas a US$ 1.198,92 na terça-feira (30), sofreram quedas consecutivas nos três dias seguintes. Na sexta-feira (3), os papéis atingiram US$ 1.153,32, acumulando uma desvalorização de 3,8% desde o início do movimento.
O criador da série Dead End: Paranormal Park, Hamish Steele, tornou-se alvo de ataques nas redes sociais após as declarações de Musk. Enquanto isso, a Netflix mantém silêncio sobre o caso. Analistas de mercado consideram prematuro avaliar o impacto nas assinaturas, já que esses dados só serão conhecidos no próximo relatório trimestral.
O episódio, já conhecido como “efeito Musk”, representa um momento delicado para a gigante do streaming, que vê sua estabilidade no mercado ser testada pela primeira vez em 2025. A expectativa dos especialistas é que as turbulências continuem nas próximas semanas, podendo ampliar ainda mais as perdas financeiras da empresa.
























