A Região Metropolitana do Vale do Aço amanheceu de luto nesta segunda-feira (1º). Faleceu, aos 65 anos, a jornalista e produtora cultural Marilda Lyra Ramos Alves, um dos nomes mais atuantes da cena artística regional. Ela completou seu aniversário em 19 de agosto e lutava contra um câncer de endometriose desde 2024. O falecimento ocorreu às 10h30, no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga.
Marilda Lyra começou sua trajetória em 1983, com o Grupo Teatral Boca de Cena, participando de montagens como Maroquinhas Fru-Fru, A Bruxinha que Era Boa, A Serpente, Na Passagem e O Sonho Não Importa, entre outras. Nos anos seguintes, ampliou sua atuação como produtora em projetos de teatro, dança, música, literatura e audiovisual, sempre com foco no fortalecimento da cena cultural e na formação de público.
TRAJETÓRIA MARCADA PELA ARTE
Especialista em Leis de Incentivo à Cultura, tornou-se referência regional pela competência técnica e pela dedicação em aproximar a arte da comunidade. Ao longo de 41 anos de carreira, esteve à frente de iniciativas que marcaram gerações.
Entre suas criações e colaborações destacam-se:
- Festival da Criança (projeto próprio, criado em 2000);
- Ipatinga Live Jazz (produção entre 1998 e 2019);
- Centro de Referência em Dança do Vale do Aço, da Academia Olguin (desde 2007);
- Endança – Encontro de Dança do Vale do Aço (desde 2000);
- Armazém da Viola (2000 a 2021);
- Produção executiva do Clube dos Escritores de Ipatinga.
PROJETOS E CONTRIBUIÇÕES
Nos últimos anos, continuava ativa com os projetos Pedra Mole – Estação das Artes (desde 2022), Agregando Arte, Ciclo Cênico Musical – Arte em Movimento, além da circulação do espetáculo A Máquina do Tempo e das ações do Los Películas Cineclube.
LEGADO E DESPEDIDA
Marilda Lyra era viúva e deixa dois filhos: Gustavo, de 36 anos, e Luana, de 27, além de cinco irmãos. O velório acontece nesta terça-feira (2), a partir das 7h30, na Capela do Cemitério Nossa Senhora da Paz, no Bairro Veneza, em Ipatinga. O sepultamento será às 16h.
Com sua partida, o Vale do Aço perde não apenas uma produtora cultural, mas uma verdadeira articuladora da cena artística regional, que dedicou quatro décadas a fomentar talentos, criar espaços e consolidar projetos que se tornaram parte da memória cultural da região.
























