Em uma decisiva reunião no Congresso dos Estados Unidos, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, emitiu um alerta contundente a Brasil, China e Índia sobre possíveis sanções secundárias caso mantenham relações comerciais com a Rússia.
A declaração ocorre em meio a um cenário de crescente pressão internacional sobre Moscou, com os Estados Unidos anunciando a possibilidade de tarifas de 100% sobre produtos russos caso não haja um acordo de paz na Ucrânia nos próximos 50 dias.
O aviso direcionado especialmente aos três países membros do BRICS evidencia uma nova estratégia ocidental para isolar economicamente a Rússia. Rutte foi enfático ao sugerir que estes países deveriam pressionar Putin a considerar seriamente as negociações de paz, sob risco de enfrentarem severas consequências econômicas.
A ameaça surge logo após o presidente americano Donald Trump anunciar o envio de novos armamentos para a Ucrânia, incluindo sistemas antimísseis Patriot. As medidas fazem parte de um esforço coordenado da Otan para aumentar a pressão sobre o governo russo e seus parceiros comerciais.
Os países mencionados mantêm importantes relações comerciais com a Rússia, especialmente através do BRICS, grupo que busca fortalecer a cooperação econômica entre as principais economias emergentes. Em julho, durante encontro no Rio de Janeiro, os líderes do bloco já haviam demonstrado preocupação com as políticas protecionistas ocidentais.
As sanções secundárias, se implementadas, podem afetar significativamente as economias desses países, impactando diversos setores comerciais e financeiros. Especialistas apontam que essa nova abordagem representa uma escalada nas tentativas de isolamento econômico da Rússia, com potenciais repercussões globais.
O comércio entre Estados Unidos e Rússia, apesar das sanções existentes, ainda soma US$ 3,5 bilhões em 2024, principalmente em setores estratégicos como fertilizantes, metais e combustível nuclear. A nova rodada de sanções visa pressionar não apenas a Rússia, mas também seus principais parceiros comerciais a reconsiderarem suas relações com Moscou.
























