A polêmica declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre traficantes de drogas provocou apreensão no meio empresarial brasileiro, especialmente às vésperas do encontro bilateral com o presidente americano Donald Trump.
Durante viagem à Indonésia, Lula surpreendeu ao afirmar que “traficantes são vítimas dos usuários”, em resposta a questionamentos sobre ações americanas contra o narcotráfico no Caribe. A fala gerou imediata reação do setor produtivo, que teme possíveis impactos nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
O momento da declaração é considerado particularmente sensível, já que ocorre dias antes do encontro previsto entre Lula e Trump, onde seria discutido o fim do tarifaço imposto pelos EUA a produtos brasileiros. Empresários, que preferiram não se identificar, expressaram preocupação com possíveis retaliações comerciais americanas.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, tentou amenizar a situação, argumentando que a fala do presidente visa manter a estabilidade regional. “Ele está lutando para garantir uma zona de paz, sem conflitos armados”, defendeu o ministro.
A declaração aconteceu quando Lula respondia sobre operações americanas anti-drogas próximas à Venezuela. O presidente brasileiro sugeriu que o foco do combate às drogas deveria ser direcionado aos usuários internos, classificando-os como “responsáveis” pela existência do tráfico.
Analistas de mercado avaliam que o episódio pode prejudicar as expectativas de acordos comerciais entre os dois países, principalmente considerando a postura linha-dura do governo Trump em relação ao combate ao narcotráfico internacional.
























