A Gol Linhas Aéreas revelou um plano de reorganização societária que pode resultar em sua saída da bolsa de valores brasileira. A proposta, que será votada pelos acionistas em 4 de novembro, prevê a incorporação das empresas do grupo sob uma única estrutura fechada.
O anúncio acontece após o fim das negociações de fusão com a Azul, confirmado no mês passado. A reorganização proposta unificaria a Gol Linhas Aéreas Inteligentes e a Gol Investment Brasil sob a Gol Linhas Aéreas S.A. (GLA), uma empresa de capital fechado.
A companhia justifica a mudança como estratégia para reduzir custos e simplificar operações. Para executar o plano, será realizada uma oferta pública de aquisição limitada a R$ 47,25 milhões para comprar as ações ainda disponíveis no mercado.
Atualmente, o grupo Abra controla cerca de 80% da Gol, após aumentar sua participação durante o processo de recuperação judicial concluído em junho. Com os novos investimentos de R$ 12 bilhões, apenas 0,78% das ações permanecerão disponíveis para negociação na bolsa.
A B3 estabeleceu janeiro de 2027 como prazo para a Gol aumentar seu free float. Caso não atenda a essa exigência, a empresa poderá ser forçada a deixar a bolsa. As ações da companhia fecharam a última segunda-feira em alta de 3,7%, cotadas a R$ 5,08 por lote de mil.
O fracasso das negociações com a Azul frustrou os planos de criar uma empresa mais competitiva no mercado aéreo brasileiro. Segundo o Grupo Abra, as discussões não avançaram significativamente desde a assinatura do memorando de entendimentos em janeiro de 2025.
























