Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro enfrentarão severos impactos econômicos a partir de 1° de agosto, quando entram em vigor as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O levantamento da Câmara Americana de Comércio ao Brasil (Amcham Brasil) revela que estas regiões, governadas por Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Cláudio Castro, respectivamente, são as que mais exportam para o mercado americano.
São Paulo lidera o ranking de exportações com US$ 6,4 bilhões enviados aos EUA no primeiro semestre de 2025, representando 32% do total nacional. Os principais produtos são sucos de laranja, aeronaves e equipamentos florestais. O Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com US$ 3,2 bilhões em exportações, concentradas em combustíveis e produtos siderúrgicos. Minas Gerais completa o trio, com US$ 2,5 bilhões exportados, principalmente em ferro gusa, máquinas elétricas e café não-torrado.
A imposição das tarifas deve provocar uma redução significativa na competitividade das indústrias locais, que podem ser forçadas a diminuir a produção e realizar cortes em suas forças de trabalho. Os portos de São Paulo e Rio de Janeiro também devem sofrer impactos, já que 90% das exportações brasileiras aos EUA são realizadas por via marítima.
As consequências das tarifas afetarão diretamente a economia desses estados, que precisarão desenvolver estratégias alternativas para manter seus níveis de exportação e preservar empregos nos setores mais impactados.
ZEMA ALERTA SOBRE PREJUÍZOS
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, manifestou-se contra as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, classificando a medida como “errada e injusta”. O governador defende uma revisão urgente da decisão que, segundo ele, prejudica todos os brasileiros independentemente de suas posições políticas.
Durante sua manifestação nas redes sociais, Zema enfatizou que a penalização atinge indiscriminadamente a população brasileira, incluindo tanto apoiadores quanto opositores do atual governo federal. O governador mineiro destacou que a defesa da liberdade não pode resultar em prejuízos para quem trabalha e produz no Brasil.
CRÍTICAS A LULA
Em sua crítica, Zema também expressou descontentamento com o que chamou de “provocações e intromissões” do presidente Lula em assuntos americanos. O governador alertou que a postura atual do governo federal pode trazer consequências negativas para a economia do estado e do país como um todo.
A declaração do governador mineiro soma-se a um coro crescente de lideranças políticas e empresariais que pedem a revisão das tarifas americanas, temendo impactos significativos na economia brasileira e nas relações comerciais entre os dois países.
























