O governo dos Estados Unidos sinalizou uma possível revisão nas tarifas comerciais para produtos naturais que não podem ser cultivados em território americano. O secretário do Comércio, Howard Lutnick, mencionou especificamente o café e o cacau como candidatos à isenção tarifária, durante pronunciamento nesta terça-feira.
A medida representa uma mudança significativa na política comercial americana, que vem impondo tarifas rigorosas a diversos produtos importados. Lutnick argumentou que a nova abordagem seguirá um princípio de reciprocidade: países que exportam produtos naturais exclusivos deverão, em contrapartida, abrir seus mercados para commodities americanas, como a soja.
As negociações comerciais, que tradicionalmente se estendem por anos, agora seguem um ritmo acelerado sob a administração atual. O prazo final para a definição das novas tarifas está mantido para sexta-feira, 1º de agosto, quando serão anunciadas também taxações “massivas” sobre produtos farmacêuticos de empresas sem produção local.
Para o Brasil, importante exportador de café, a possível isenção surge como alívio diante das recentes tensões comerciais. As tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros foram justificadas por questões políticas e decisões judiciais envolvendo empresas americanas no país.
O secretário reforçou que a decisão final sobre acordos e tarifas permanece nas mãos do presidente americano, que busca negociações mais ágeis e abertura completa dos mercados estrangeiros. As conversações continuam com diversos parceiros comerciais, incluindo Índia e União Europeia, esta última já tendo alcançado acordo preliminar com os Estados Unidos.
























