A Justiça do Rio de Janeiro alterou decisão anterior e determinou a liberação de R$ 60 milhões dos R$ 77 milhões que estavam bloqueados referentes às cotas de transmissão do Campeonato Brasileiro, mantendo retidos apenas R$ 17 milhões. A medida beneficia diversos clubes, incluindo o Atlético Mineiro.
Em nota oficial, o Flamengo, autor da ação judicial inicial, manifestou concordância com a nova decisão. O clube carioca argumenta que o resultado reforça sua posição sobre a necessidade de aprovação unânime para alterações nos critérios de distribuição das verbas televisivas, conforme previsto no estatuto da Libra.
A disputa teve início em setembro, quando o Flamengo obteve liminar bloqueando parcelas pagas pela Rede Globo, correspondentes a 30% do contrato de direitos de transmissão relacionados à audiência dos jogos. A ação judicial provocou um efeito dominó no cenário do futebol brasileiro.
Como consequência direta desse embate jurídico, o Atlético Mineiro anunciou sua saída da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) no final de outubro. O clube mineiro migrou para a Liga Forte União (LFU), criticando o que chamou de “atitudes individualistas” que prejudicam o desenvolvimento coletivo do futebol nacional.
O Flamengo já sinalizou que pretende solicitar a extensão dos mesmos critérios para as próximas parcelas a serem pagas pela emissora. Em seu comunicado, o clube reafirmou estar aberto ao diálogo e comprometido com o fortalecimento do futebol brasileiro, defendendo os princípios de justiça e isonomia previstos no estatuto da liga.
A situação evidencia a complexidade das negociações envolvendo direitos de transmissão no futebol brasileiro e expõe as dificuldades para se estabelecer um consenso entre os clubes sobre a distribuição das receitas televisivas. O caso deve continuar gerando debates no meio esportivo, enquanto os clubes buscam um modelo que atenda aos interesses de todas as partes envolvidas.
























