O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, teve um cartão da bandeira norte-americana Mastercard bloqueado. A medida é das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky. O Banco do Brasil (BB), ofereceu-lhe, em troca, um cartão da bandeira nacional Elo.
Segundo informações publicadas pelo jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (21), a oferta de troca do cartão aconteceu depois que a instituição financeira enfrentou restrições para manter produtos com bandeiras americanas vinculados ao nome do ministro. A medida evidencia os primeiros efeitos práticos das sanções internacionais no sistema bancário brasileiro.
O caso expõe o dilema enfrentado por instituições financeiras nacionais que mantêm operações internacionais. Os bancos precisam equilibrar o cumprimento das determinações do Supremo Tribunal Federal e as exigências das normativas americanas, sob risco de enfrentar penalidades em ambas as jurisdições.
A situação se complica ainda mais após recentes investigações da Polícia Federal apontarem possível articulação do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo nas sanções aplicadas pelos Estados Unidos. Segundo as apurações, a estratégia visaria pressionar o STF e especialmente o ministro Moraes em processos relacionados a tentativas de golpe de Estado.
O Banco do Brasil não se pronunciou oficialmente sobre o caso, citando questões de sigilo bancário. Outras instituições financeiras consultadas também mantiveram reserva sobre possíveis relações comerciais com o ministro.
Especialistas do setor bancário alertam que a situação pode se agravar, forçando instituições brasileiras a escolherem entre preservar contratos locais ou manter suas operações internacionais, sob risco de enfrentarem bloqueios e sanções bilionárias no mercado global.
























