O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu nesta semana o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), criado para reduzir as filas de espera por aposentadorias e outros benefícios. A medida, motivada pela falta de recursos orçamentários, deve impactar diretamente mais de 2,6 milhões de brasileiros que aguardam análise de seus processos.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, formalizou a decisão através de ofício, explicando que a suspensão era inevitável diante do esgotamento da verba destinada ao programa. O PGB oferecia bonificações aos servidores que superassem as metas diárias de análise, pagando R$ 68 por processo concluído e R$ 75 por perícia médica realizada.
A paralisação do programa ocorre em um momento crítico, quando a fila de espera já apresentava tendência de crescimento. Dados internos do INSS mostram que o número de processos pendentes saltou de 1,5 milhão em 2023 para 2,6 milhões em agosto de 2025. Especialistas estimam que essa fila pode aumentar em até 40% nos próximos meses sem o incentivo aos servidores.
Para retomar o programa, o INSS solicitou uma suplementação orçamentária de R$ 89,1 milhões ao Ministério da Previdência. Enquanto aguarda a liberação dos recursos, o órgão mantém apenas o atendimento regular, sem pagamento adicional por produtividade aos servidores.
A situação preocupa especialmente os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), aposentados e pensionistas, que podem enfrentar ainda mais demora na análise de seus pedidos. O Ministério da Previdência, que havia prometido zerar a fila até o final do atual mandato presidencial, enfrenta agora um novo obstáculo para cumprir esse compromisso.
























