O Ministério de Minas e Energia (MME) negou nessa quinta-feira (18) que o horário de verão esteja confirmado para 2025. A declaração foi uma resposta a informações que circularam em alguns portais de notícias sugerindo a volta da medida já neste ano. A pasta reforçou que o tema continua em análise permanente, mas destacou que o sistema elétrico do país tem garantia de atendimento até fevereiro de 2026, conforme avaliação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
De acordo com o Ministério, o adiantamento dos relógios em uma hora só será retomado se houver real necessidade de reduzir a demanda de energia em horários de pico. “Essa hipótese depende exclusivamente das condições do sistema interligado nacional”, frisou o ministro, lembrando que até o momento não há risco identificado.
As análises do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) indicam que os reservatórios apresentam condições favoráveis, com perspectiva de normalidade ao longo do período seco. A situação é considerada melhor do que a registrada em 2024, quando o país enfrentou uma seca histórica.
O período de estiagem costuma pressionar o sistema porque, além da queda na geração hidrelétrica, as altas temperaturas aumentam o consumo de energia, principalmente pelo uso de aparelhos de refrigeração. Esse cenário intensifica a demanda justamente quando a oferta se torna mais restrita.
O horário de verão foi amplamente debatido em 2024, mas acabou descartado diante da adoção de alternativas consideradas mais eficazes para garantir a segurança do fornecimento. Entre as ações em avaliação neste ano estão a maximização da geração nas usinas hidrelétricas de Itaipu e do rio São Francisco, além da possibilidade de reduzir as defluências das usinas de Jupiá e Porto Primavera, preservando os reservatórios da bacia do Paraná.
Segundo o MME, essas medidas oferecem maior previsibilidade e segurança ao sistema elétrico, dispensando, por enquanto, o retorno do horário de verão.
























