O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, manifestou preocupação com possíveis vazamentos de dados sigilosos e atrasos nos ressarcimentos aos aposentados durante a CPI do INSS, prevista para agosto. A investigação envolve descontos irregulares que afetaram cerca de 9 milhões de beneficiários do instituto.
O caso, que mobilizou um crédito extraordinário de R$ 3 bilhões para ressarcimentos, ganhou nova dimensão com o alerta do ministro sobre os riscos políticos da CPI. Queiroz teme que disputas partidárias no Congresso possam comprometer o cronograma de pagamentos aos segurados lesados, previsto para ser concluído até o final do ano.
A suspensão dos descontos para associações já foi determinada pelo INSS, que planeja implementar um sistema de revalidação anual quando as cobranças forem retomadas. A medida visa evitar novas irregularidades como as que levaram milhões de aposentados e pensionistas a terem descontos não autorizados em seus benefícios.
A oposição, por sua vez, pretende usar a CPI para investigar como o instituto permitiu os descontos sem autorização dos beneficiários. O ministro argumenta que dificilmente surgirão informações inéditas durante as investigações, mas reconhece o potencial político do caso.
O pagamento dos ressarcimentos depende de crédito extraordinário aprovado pelo Congresso, que recebeu autorização do STF mesmo estando fora da meta fiscal. Queiroz receia que o ambiente político hostil na CPI possa afetar a tramitação desses recursos, prejudicando diretamente os beneficiários que aguardam a devolução dos valores.
























