O governo dos Estados Unidos entrou em sua primeira paralisação desde 2019 nesta quarta-feira (1º), após impasse nas negociações entre o presidente Donald Trump e o Congresso sobre o orçamento federal. O entrave, motivado principalmente por divergências sobre financiamento à saúde, deixa cerca de 750 mil servidores sem pagamento e interrompe diversos serviços governamentais.
A paralisação, conhecida como “shutdown”, ocorre depois que republicanos e democratas não chegaram a um acordo sobre a proposta orçamentária. Os republicanos defendem uma prorrogação temporária do financiamento atual até novembro, enquanto os democratas exigem a recomposição de recursos para programas de saúde, especialmente o Obamacare.
Trump reagiu com ameaças diretas aos democratas, sinalizando possíveis demissões em massa de funcionários federais identificados com o partido opositor. “Podemos fazer coisas durante o fechamento que são irreversíveis, que são ruins para eles”, declarou o presidente no Salão Oval.
O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) projeta perdas de US$ 400 milhões em rendimentos dos servidores afetados. A última paralisação, que durou 35 dias entre 2018 e 2019, reduziu o PIB americano em US$ 11 bilhões.
Serviços essenciais como Correios, Forças Armadas, Previdência Social e auxílio-alimentação seguem funcionando. Porém, analistas da seguradora Nationwide estimam que cada semana de paralisação pode reduzir o crescimento econômico do país em 0,2 ponto percentual.
A resolução do impasse depende de um acordo bipartidário no Senado, onde os republicanos precisam de sete votos democratas além de sua maioria para aprovar medidas orçamentárias. Por enquanto, ambos os partidos mantêm posições irredutíveis, sem previsão para o fim da crise.
























