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Home Opinião Marcelo Libânio

Narcotráfico: quando a última opção se torna a primeira, algo está muito errado

Um governo conivente com isso, por omissão ou interesse, perde sua legitimidade moral

Redação por Redação
30 de outubro de 2025
em Marcelo Libânio, Opinião
Tempo de Leitura: 3 minutos de leitura
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Pandemia: 100 anos da vergonha

Corrupção na política

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Marcelo Saraiva Guimarães Libanio (*)

É nítido que há uma falha grave no combate ao narcotráfico brasileiro. Não que o crime não deva ser combatido — muito pelo contrário. Mas quando a última opção se torna a primeira, algo está muito errado.


O presidente salvadorenho Nayib Bukele, por exemplo, acabou com as facções através de um sistema firme e implacável contra o crime organizado que perdurava há décadas. Aqui no Brasil, morre um e surgem dois criminosos. Sessenta e quatro mortes confirmadas até ontem, na megaoperação no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, no Rio, mas ainda há muitos corpos a serem encontrados e contabilizados.
Os críticos que apareciam há três anos atrás sumiram. O silêncio agora fala mais alto que os tiros.

Não quero comentar muito sobre os críticos, até porque a tragédia fala por si só. Quero falar sobre o que está por trás disso tudo.

Quero falar sobre políticos como Tiego Raimundo dos Santos Silva, o “TH Joias”, deputado do MDB, preso por intermediar armas para a facção Comando Vermelho.
Quero falar também sobre Lucinha, deputada estadual do PSD, investigada por envolvimento com milícias no Rio de Janeiro — partido este que hoje compõe a base de apoio do governo federal.
Entre diversos outros que, mesmo ligados de forma indireta — por meio da corrupção governamental, da falta de políticas de humanização e socialização das favelas —, mantêm civis reféns de traficantes, assim como faz o Hamas na Faixa de Gaza.

Em 2023, o STF anulou a apreensão de 695 quilos de cocaína por falta de mandado judicial, e os policiais foram punidos, com a droga devolvida ao local onde fora apreendida. Pessoas presas na Lava Jato, como os irmãos Odebrecht, voltaram à cena do crime, juntamente com outros ex-presidiários “descondenados”. Há políticos ligados diretamente a assassinatos.
Alguém ainda tem dúvidas de que já romperam a barreira que os separava do narcotráfico direto ou indireto?

O próprio presidente da República já se articulou com narco-presidentes como Evo Morales e Nicolás Maduro.
No Foro de São Paulo, declarou abertamente ter estado com chefes do narcotráfico colombiano, como Raúl Reyes.

Esses casos isolados, quando somados, revelam algo muito mais profundo: a criminalidade começa dentro do próprio Estado brasileiro. Quando políticos se associam a facções, quando advogados, assessores e familiares de parlamentares têm relações com criminosos, o que temos não é apenas corrupção — é a fusão entre o poder e o crime.

Enquanto isso, os jovens favelados morrem como peças descartáveis de um tabuleiro viciado, onde a última opção de combate ao crime se tornou a principal e a primeira. Não me alegro com a morte de ninguém — nem de policiais, nem de jovens — mesmo os que escolheram o caminho errado.
Mas, nas camadas mais altas, aqueles que deveriam combater o crime são justamente quem o alimenta — e, no máximo, cumprem penas simbólicas. É por isso que o problema nunca acaba.
Porque o combate não é apenas contra o tráfico — é contra a estrutura política que o sustenta. A favela é só o palco visível; o verdadeiro poder está nos bastidores.

A corrupção que desvia verba de escolas, hospitais, moradia e oportunidades é a mesma que financia o tráfico de armas, o narcotráfico e as milícias. É um sistema que se retroalimenta. Um governo conivente com isso, por omissão ou interesse, perde sua legitimidade moral.

Por isso, digo sem medo: enquanto houver políticos protegendo criminosos, o sangue continuará escorrendo pelas ladeiras.

A guerra que o Brasil precisa travar não é nas favelas — é nos gabinetes.
Temos de parar de acreditar que bandido pode ser presidente.

(*) Marcelo Saraiva Guimarães Libanio é consultor desde 2015 e professor de Administração, com atuação nas áreas de inovação, produtividade e educação empreendedora. Foi Agente Local de Inovação do Ministério da Economia e Sebrae Minas (2020–2023) e Analista do Sebrae Espírito Santo (2023–2024), desenvolvendo projetos voltados à competitividade e gestão de pequenas empresas.

 

Tag: narcotráficopolíticas públicas
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