Por Mário Caetano de Souza (*)
Ao ver nas redes sociais o aparecimento de certas figuras políticas — justamente aquelas que ajudaram a lançar a nação no caos — não tive dúvidas: os iguais sempre se unem. Não é para defender o outro, mas para se protegerem. Afinal, foram eles que indicaram e teatralmente sabatinaram os “supremos intocáveis e iluminados” no palco do grande teatro das tesouras.
A solidariedade entre semelhantes não é coincidência; ela nasce da identificação de caráter, de interesses e de conveniências. Essa semelhança pode se apoiar em diversos fatores: classe social, ideologia, ou simplesmente na necessidade de se manterem impunes. Eu sempre digo: coloque mil pessoas de diversas cidades, que nunca se viram antes, em um mesmo espaço, e em poucas horas elas se agruparão conforme a afinidade. Os iguais sempre se reconhecem.
Assim também acontece na política. Vejo, de um lado, aqueles que se unem para defender a soberania, a lei e a liberdade de expressão. Do outro, os que se juntam para sustentar quem rasga a Constituição — os mesmos que mancharam nossa história, menosprezando o povo e zombando das leis.
























