O deputado Sanderson (PL-RS) protocolou representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar possíveis irregularidades na contratação do barco que hospeda o presidente Lula (PT), a primeira-dama e comitiva durante a COP30 em Belém.
A embarcação Iana 3, que substitui um navio da Marinha inicialmente oferecido, tem gerado polêmica pelos custos e pelo suposto luxo. Com três andares e 45 metros de comprimento, o barco fabricado em 2010 consome 50 litros de diesel por hora, com previsão de gasto total de 4.000 litros durante a estadia presidencial.
A contratação foi realizada com a empresa Icotur Transporte e Turismo, de Manaus, em meio a uma crise no setor hoteleiro de Belém. A cidade enfrenta desde janeiro dificuldades com acomodações e preços elevados para o período da conferência climática.
O vice-líder da oposição classifica a despesa como “inconveniente, absurda e inoportuna”, especialmente considerando que havia uma embarcação militar disponível sem custos. A escolha do Iana 3 teria sido motivada por critérios de conforto, buscando quartos mais amplos para a comitiva presidencial.
Em outubro, Lula havia manifestado interesse em se hospedar em um barco durante o evento, afirmando não querer luxo e destacando a importância da COP30 como “a COP da verdade”. No entanto, a opção por uma embarcação particular em detrimento do navio da Marinha levantou questionamentos sobre gastos públicos e transparência.
A embarcação, que está atracada na Base Naval de Val de Cães, conta com tripulação de quatro pessoas, além de funcionários para atendimento aos passageiros. Todos os ambientes são equipados com ar condicionado, em uma estrutura que privilegia o conforto dos hóspedes.
























