A determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de suspender as comissões parlamentares até 1º de agosto gerou repercussão no cenário político nacional. A medida foi tomada após deputados do PL decidirem cancelar o recesso informal e tentar convocar votações em comissões estratégicas.
Em declaração exclusiva, Motta defendeu que a decisão visa preservar a representatividade democrática nas discussões parlamentares. O presidente da Câmara argumentou que realizar votações durante o período de recesso, quando parte significativa dos deputados está ausente, comprometeria a pluralidade do debate legislativo.
A situação ganhou destaque após parlamentares ligados ao PL tentarem convocar reuniões nas comissões de Relações Exteriores e Segurança Pública, ambas presididas por membros do partido. A movimentação ocorreu na sequência de uma operação da Polícia Federal envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente da Câmara publicou nesta terça-feira (22) uma decisão formal que impede a realização de reuniões das comissões até o início de agosto. A medida busca garantir que as deliberações ocorram com a presença de parlamentares de diferentes correntes políticas, respeitando a diversidade ideológica que caracteriza o Poder Legislativo.
“A Casa do povo precisa refletir a heterogeneidade de ideias da sociedade brasileira”, enfatizou Motta, destacando a importância de manter o calendário previamente acordado. A decisão estabelece que as atividades legislativas retornem à normalidade somente após o término do recesso informal, quando todos os parlamentares estiverem presentes para participar dos debates e votações.
























