O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou seu compromisso em barrar qualquer tentativa de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. A declaração foi feita durante entrevista ao Jornal da Band, momentos antes da histórica condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11).
Em resposta direta sobre a possibilidade de perdão aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, Lula foi categórico: “O governo vai trabalhar contra a anistia”. Para fortalecer esta posição, o Planalto intensificou articulações políticas na última semana, mobilizando ministros da Frente Ampla para conter o avanço da proposta na Câmara dos Deputados.
A ministra Gleisi Hoffmann, principal articuladora política do governo, coordenou uma reunião estratégica com 11 ministros, incluindo representantes do Centrão, demonstrando o esforço conjunto para barrar a iniciativa no Congresso Nacional.
Durante a mesma entrevista, Lula também comentou sobre o voto divergente do ministro Luiz Fux no julgamento de Bolsonaro. O presidente defendeu a existência de “dezenas e centenas de provas” sobre a tentativa de golpe, criticando a posição do magistrado. “Se o ministro Fux não quiser provas, problema dele. Eu acho que as provas estão fartas e o ex-presidente, covardemente, articulou tudo, pensou tudo e foi embora”, afirmou.
A movimentação do governo contra a anistia ganha ainda mais relevância após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, consolidando o entendimento da Corte sobre a gravidade dos eventos que marcaram o início de 2023.
























