O Peru enfrenta mais uma reviravolta política com a destituição da presidente Dina Boluarte pelo Congresso Nacional na noite de quinta-feira (9). José Jerí Oré, ex-presidente do Congresso, tomou posse como novo mandatário do país na madrugada de sexta-feira (10), prometendo governar até julho de 2026.
A queda de Boluarte, que mantinha índices de aprovação entre 2% e 4%, ocorreu após quatro moções de destituição por “incapacidade moral”. Sua ausência na convocação para defesa no Congresso foi interpretada como afronta pelos parlamentares, precipitando seu afastamento definitivo do cargo.
O novo presidente, membro do partido Somos Perú, assumiu o comando da nação em cerimônia realizada à 1h da manhã no horário local. Em seu primeiro pronunciamento, Jerí Oré estabeleceu o combate à criminalidade como prioridade máxima de governo, convocando as principais instituições de segurança para uma ação coordenada contra a delinquência.
Comprometendo-se com um governo de “empatia e reconciliação nacional”, o presidente empossado busca estabelecer consensos entre as diferentes forças políticas para garantir a governabilidade. A congressista Susel Paredes, do Partido Morado, defendeu a decisão do impeachment como única alternativa viável para a crise.
A instabilidade política no Peru atinge níveis alarmantes, com seis presidentes ocupando o cargo desde 2018. Boluarte havia assumido em dezembro de 2022, após o impeachment de Pedro Castillo, mas não conseguiu estabelecer uma base de apoio sólida durante seu curto mandato. O país agora aguarda as eleições presidenciais previstas para abril de 2026, mantendo a expectativa por um período de maior estabilidade política.
























