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Home Saúde

Teimosia ou autonomia? Como lidar com os avós na terceira idade

Médica oncologista da Fundação São Francisco Xavier, explica que o comportamento é uma forma de resistência

Cid Miranda por Cid Miranda
25 de julho de 2025
em Saúde
Tempo de Leitura: 4 minutos de leitura
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Teimosia ou autonomia? Como lidar com os avós na terceira idade

Luciana Lana, médica oncologista, pós-graduada em geriatra, da Fundação São Francisco Xavier (Foto: Divulgação)

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A convivência com os avós é, para muitas famílias, sinônimo de afeto, memórias e aprendizado. Mas também pode envolver desafios emocionais, especialmente quando certos comportamentos na terceira idade são interpretados como “teimosia”. Na verdade, segundo especialistas, o que muitos chamam assim é, em grande parte, uma manifestação legítima de desejo por autonomia e respeito. E, neste 26 de julho, Dia dos Avós, o debate sobre a forma como tratamos e nos relacionamos com os mais velhos ganha ainda mais relevância — em especial em um país que está envelhecendo rapidamente.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já soma mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa cerca de 15% da população. A projeção é que, até 2030, o número de idosos ultrapasse o de crianças e adolescentes de até 14 anos. Em 2050, um em cada três brasileiros será idoso. O retrato do país está mudando — e, com ele, a forma de encarar o envelhecimento também precisa mudar.


A médica oncologista, pós-graduada em geriatra, da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Luciana Lana, explica que o comportamento visto como “teimosia” é frequentemente uma forma de resistência à perda da autonomia. “É muito comum ouvirmos no consultório que o idoso está agressivo, não aceita ajuda, não quer mudar certos hábitos. Mas o que está por trás disso é o medo de perder o controle sobre a própria vida. Ele não quer que decidam tudo por ele: o que vai comer, onde vai morar, se vai ou não parar de dirigir. Isso tudo, quando imposto, gera frustração, tristeza e, muitas vezes, reações duras”, afirma.

A médica reforça que, em muitos casos, esse comportamento não é uma novidade da velhice. “Às vezes, a pessoa foi assim a vida inteira. Sempre teve personalidade forte, foi quem guiou a família. E, de repente, esperam que ela se torne submissa, dócil, apenas porque envelheceu. Isso não é justo. O idoso não deixa de ser quem é só porque os anos passaram. O que chamam de teimosia é, muitas vezes, resistência legítima, é a defesa da própria identidade”, pontua.

Ela também alerta para o risco de decisões unilaterais, tomadas sem o envolvimento do idoso, mesmo que com boas intenções. “Muitas famílias, por medo ou pressa, tomam atitudes como retirar a chave do carro, contratar um cuidador ou decidir a mudança de casa sem consultar o idoso. Isso pode parecer proteção, mas, na prática, é uma forma de exclusão. Se ele é lúcido, se não apresenta sinais de demência, ele precisa participar dessas decisões. Diálogo, empatia e escuta são fundamentais para manter o vínculo afetivo e preservar a dignidade”, orienta.

A especialista lembra ainda que é preciso considerar o contexto emocional e afetivo do idoso, que nem sempre encontra na família o espaço que merece. “Na cultura ocidental, infelizmente, o idoso ainda é visto por muitos como alguém ultrapassado, que deve ser deixado de lado. Já no Oriente, ele é respeitado como fonte de sabedoria e consultado nas decisões da família. Isso faz toda a diferença. Aqui, perdemos muito ao ignorar a vivência, a experiência e o conhecimento acumulado por essas pessoas”, destaca.

O convívio com as gerações mais jovens, especialmente com os netos, é um dos caminhos mais eficazes para manter o idoso ativo e emocionalmente saudável. “A troca com os netos é poderosa. O avô que é chamado para ensinar uma receita, opinar na educação do neto ou aprender a usar um aplicativo sente que ainda é necessário. E ele é. O idoso se sente parte do mundo atual quando ensina, quando aprende, quando participa. Incentivar essa convivência, seja nas tarefas simples do dia a dia ou em momentos de lazer, fortalece os vínculos, melhora a autoestima e torna o envelhecer mais leve”, afirma Luciana.

De acordo com a profissional, em casos em que o comportamento do idoso muda bruscamente, quando ele começa a se perder em lugares familiares, esquece compromissos, não reconhece pessoas ou apresenta alterações de humor fora do habitual, é preciso buscar ajuda profissional. “Pode não ser apenas resistência. Pode ser o início de um quadro de demência ou outra alteração cognitiva. Nesses casos, a avaliação médica é indispensável para identificar o problema e começar o acompanhamento adequado”, alerta.

Para além dos cuidados com a saúde física e mental, Luciana defende que o afeto seja reconhecido como um pilar essencial do envelhecimento saudável. “Autonomia, independência e afeto. São essas as três bases de um envelhecimento digno e feliz. O idoso que deu certo é aquele que continua decidindo sobre a própria vida, que consegue se movimentar com liberdade e que está cercado de amor, seja da família, do cônjuge, dos amigos ou dos netos”, reflete.

A médica ainda deixa um conselho para os mais jovens. “Escutem seus avós. Incluam, perguntem, peçam conselhos, levem para passear, para viajar, para conviver. Permitam que eles participem das decisões, mesmo as pequenas. Isso mostra que tudo o que construíram tem valor. E isso devolve sentido à vida deles”, pontua.

Neste Dia dos Avós, o convite é à reflexão: o modo como tratamos os mais velhos revela muito sobre o tipo de sociedade que queremos ser. Num Brasil que envelhece a passos largos, respeitar, escutar e amar nossos avós não é só um gesto bonito, é também um exercício de humanidade e um investimento no nosso próprio futuro. Afinal, se tudo der certo, também chegaremos lá. E esperamos, com razão, sermos ouvidos e respeitados, mesmo que, um dia, nos chamem de “teimosos”.

FUNDAÇÃO SÃO FRANCISCO XAVIER

A Fundação São Francisco Xavier (FSFX) é uma entidade filantrópica que atua desde 1969 e conta com cerca de 6.200 colaboradores. Atualmente, administra duas unidades hospitalares, sendo o Hospital Márcio Cunha com cerca de 70% dos atendimentos pelo SUS, em Ipatinga, e o Hospital Municipal Carlos Chagas com 100% dos atendimentos pelo SUS, em Itabira (MG).

As unidades hospitalares têm uma gestão marcada pela responsabilidade, pela oferta de atendimentos de excelência e pelas melhores práticas de segurança. Além das unidades hospitalares, a Fundação é responsável por administrar a operadora de Planos de Saúde Usisaúde, que possui mais de 200 mil vidas, o Centro de Odontologia Integrada, que mantém os melhores indicadores de saúde bucal já divulgados no Brasil, e o Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente – Vita, que soma mais de 160 mil vidas sob sua gestão.

Na área educacional, o Colégio São Francisco Xavier (CSFX), unidade precursora localizada em Ipatinga, é referência em Educação na região, com cerca de 2 mil alunos, da educação infantil à formação técnica.

Tag: afetoavósconvivênciaFundação São Francisco Xavierteimosia
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