O governo dos Estados Unidos elevou para 25 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, acusado de liderar uma das maiores organizações criminosas da América Latina. O anúncio foi feito pela Administração de Repressão às Drogas (DEA) através da rede social X.
A decisão intensifica a pressão americana sobre o regime venezuelano após o Departamento do Tesouro classificar oficialmente o Cartel de Los Soles como organização terrorista internacional. Segundo as autoridades americanas, Maduro comanda pessoalmente o grupo criminoso, responsável pelo tráfico de grandes quantidades de cocaína para território americano.
A investigação americana também mira outros membros do alto escalão venezuelano. Entre os procurados estão Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, e Vladimir Padrino López, responsável pela Defesa. O governo americano garante sigilo total para informantes que colaborem com dados relevantes sobre qualquer um dos acusados.
O Cartel de Los Soles ganhou força na Venezuela desde o final dos anos 1990, infiltrando-se nas principais instituições do país. De acordo com Washington, o grupo criminoso estabeleceu uma extensa rede de corrupção que engloba políticos, militares e membros do judiciário venezuelano.
Esta nova classificação do cartel como grupo terrorista se soma a outras determinações similares do governo americano contra organizações criminosas latino-americanas, como o Tren de Aragua e os cartéis mexicanos de Sinaloa e Jalisco Nueva Generación. A medida permite que forças de segurança dos Estados Unidos realizem operações diretas contra estes grupos, mesmo além de suas fronteiras.
A acusação formal contra Maduro inclui crimes de narcoterrorismo, conspiração para importação de cocaína e uso ilegal de armamento pesado. O valor da recompensa reflete a determinação americana em desmantelar o que consideram ser uma das maiores ameaças à segurança regional nas Américas.
























