Em sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (9), o ministro Luiz Fux protagonizou um momento de tensão ao interromper o ministro Alexandre de Moraes durante a análise da suposta trama golpista. O episódio evidenciou divergências sobre os procedimentos do julgamento.
A interrupção ocorreu logo no início da sessão, quando Moraes apresentava as preliminares do processo. Fux dirigiu-se ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, reafirmando sua posição de que o caso deveria ser julgado pelo Plenário do Supremo, não apenas pela Primeira Turma.
O embate se intensificou quando Moraes argumentou que todas as preliminares já haviam sido votadas por unanimidade. Fux contestou imediatamente, esclarecendo que isso ocorreu apenas durante o recebimento da denúncia, não no julgamento em curso.
A discussão expôs diferenças metodológicas entre os ministros. Moraes defendeu a divisão das preliminares como estratégia para conferir maior eficiência ao processo, enquanto Fux manteve sua posição crítica quanto ao formato do julgamento.
Nos bastidores do Supremo, a postura de Fux tem chamado atenção. O ministro foi o único a votar contra a imposição de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro e já manifestou críticas às diferentes versões apresentadas na delação premiada de Mauro Cid.
A tensão entre os ministros reflete a complexidade do caso e sugere possíveis divergências nas próximas etapas do julgamento, que segue em andamento na Primeira Turma do STF.
























