O governo dos Estados Unidos iniciou uma investigação comercial contra o Brasil, anunciada nesta terça-feira (15), focando desde o sistema de pagamentos Pix até o comércio popular da rua 25 de Março, em São Paulo. A medida, baseada na Seção 301 da Lei Comercial americana, foi impulsionada pelo presidente Donald Trump.
A investigação abrange seis pontos principais, incluindo serviços digitais, tarifas comerciais, medidas anticorrupção, propriedade intelectual, exportação de etanol e desmatamento. O documento americano questiona especialmente o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central brasileiro, alegando que favorece serviços governamentais em detrimento de empresas americanas.
O tradicional centro comercial da 25 de Março também entrou na mira dos Estados Unidos. Segundo o relatório, a região permanece como um dos maiores mercados de produtos falsificados, apesar das operações de fiscalização realizadas ao longo dos anos.
A medida surge menos de uma semana após Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O presidente americano justifica a ação citando um suposto déficit comercial com o Brasil, embora os dados não confirmem essa alegação.
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já sinalizou que responderá às medidas americanas através da Lei de Reciprocidade Econômica, recentemente regulamentada. Setores da indústria e do agronegócio brasileiro manifestaram-se contrários às ameaças de taxação.
A investigação americana não apresentou provas concretas das supostas práticas desleais, mas ameaça impor sanções comerciais caso o Brasil não atenda às demandas dos Estados Unidos. O processo pode afetar diversos setores da economia brasileira e impactar as relações comerciais entre os dois países.
























