Um navio de desembarque da Marinha venezuelana, o Capana T-61, ficou parcialmente submerso durante exercícios militares realizados no estado de Falcón, região norte do país. O incidente ocorreu menos de um ano após uma custosa modernização da embarcação.
O acidente envolveu uma das principais embarcações da frota venezuelana, com capacidade para transportar até 300 militares, seis tanques ou 18 veículos blindados. Durante uma manobra costeira de rotina, o navio encalhou e não conseguiu recuperar sua capacidade de flutuação, ficando com grande parte do casco coberto pela água.
A embarcação, que pertence à classe Capana-Alligator, havia passado por uma extensa reforma entre 2020 e 2023 nos estaleiros nacionais DIANCA. A modernização incluiu atualizações nos sistemas de armamento, motores, comunicações e outras áreas críticas. O investimento, que durou anos, agora se vê comprometido pelo incidente.
O momento do acidente é particularmente sensível para a Venezuela, que realiza uma série de exercícios militares como parte do plano “Independência 200”, ordenado pelo presidente Nicolás Maduro. O programa visa reforçar a presença militar nas fronteiras e zonas costeiras do país, em resposta ao que o governo considera pressões externas.
Até o momento, nem o Ministério da Defesa nem o Comando Estratégico Operacional da FANB se pronunciaram oficialmente sobre o incidente ou sobre a situação da tripulação. O acidente representa um revés significativo para a capacidade operacional da Marinha venezuelana, especialmente considerando o atual contexto de tensões regionais.
























