O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, revelou nessa terça-feira (28) que o governo federal negou três solicitações de apoio das Forças Armadas para operações policiais no estado. A declaração foi feita durante coletiva sobre a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 64 mortes.
Castro explicou que os pedidos de blindados militares foram rejeitados sob a justificativa de que seria necessária uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), à qual o presidente Lula se opõe. “Cada dia temos uma razão de não emprestar e não colaborar. A gente entendeu que a realidade é essa”, afirmou o governador.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública rebateu as críticas em nota oficial, afirmando que tem atendido prontamente aos pedidos do estado. A pasta destacou que mantém atuação no Rio desde outubro de 2023 através da Força Nacional, além de diversas operações da Polícia Federal que resultaram em centenas de prisões e apreensões significativas de drogas e armas.
A tensão entre os governos estadual e federal ocorre em meio a uma das maiores operações policiais do Rio, denominada “Contenção”. Castro também criticou a chamada “ADPF das Favelas”, decisão do STF que restringe operações policiais em comunidades a casos excepcionais, classificando-a como “maldita” e responsável pela migração de criminosos de outros estados para o Rio.
O episódio evidencia o descompasso entre as esferas federal e estadual no combate ao crime organizado, enquanto a população fluminense permanece no meio do fogo cruzado entre forças de segurança e criminosos.
























