O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode enfrentar dificuldades práticas para acessar unidades de saúde em Brasília devido às restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), que o proíbe de se aproximar a menos de 200 metros de embaixadas e consulados.
A determinação judicial criou um desafio logístico inesperado para Bolsonaro, que mora no bairro Jardim Botânico e precisa traçar rotas alternativas para chegar aos principais hospitais da capital federal. O cenário é ainda mais preocupante em casos de emergência médica, já que a cidade possui 132 representações diplomáticas, majoritariamente concentradas na área central.
Os hospitais mais próximos à residência do ex-presidente, como o Daher e o Hospital Brasília, localizados no Lago Sul, estão cercados por dezenas de embaixadas. Mesmo o DF Star, onde Bolsonaro realizou sua última cirurgia em abril de 2025, com internação de 22 dias, requer um planejamento minucioso para evitar o perímetro proibido.
A situação é especialmente delicada considerando o histórico médico do ex-presidente, que já passou por 10 cirurgias desde a facada sofrida em 2018, sendo sete delas diretamente relacionadas ao atentado. Em 2025, além da internação em abril, ele precisou retornar ao hospital em junho para exames após passar mal durante visita a um frigorífico em Goiás.
Para chegar ao DF Star, trajeto que normalmente leva 20 minutos de carro, é necessário estabelecer um percurso específico com desvios pontuais das embaixadas. O acesso aos hospitais do Lago Sul, região mais próxima à sua residência, tornou-se ainda mais complexo devido à alta concentração de representações diplomáticas na área.
























