O governo dos Estados Unidos cancelou nesta manhã os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A decisão foi comunicada pelo Consulado-Geral americano em São Paulo, que alegou o surgimento de novas informações que tornariam as beneficiárias inelegíveis para a documentação. A informação foi dada pelo G1 e confirmada com interlocutores do Palácio do Planalto.
A medida faz parte de uma série de sanções impostas pelo Departamento de Estado americano contra funcionários do governo brasileiro e seus familiares. O secretário de Estado Marco Rubio justificou as ações como resposta à suposta cumplicidade brasileira com o “esquema de exportação de mão de obra do regime cubano” durante o programa Mais Médicos.
Entre os alvos das sanções também estão Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral para a COP30. Ambos foram citados diretamente pelo Departamento de Estado americano em nota oficial.
As restrições atingem ainda ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) envolvidos no programa Mais Médicos. O governo americano tem anunciado as punições gradualmente, sem revelar a lista completa dos afetados.
As sanções começaram em julho, quando o ministro Alexandre de Moraes teve seu visto revogado e posteriormente foi enquadrado na Lei Magnitsky, destinada a punir violadores de direitos humanos. Fontes do governo brasileiro indicam que outros ministros do Supremo Tribunal Federal também teriam sido afetados, embora não haja confirmação oficial sobre esses casos.
O Ministério da Saúde ainda não se pronunciou oficialmente sobre o cancelamento dos vistos dos familiares de Padilha. A medida representa uma escalada nas tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, especialmente no que tange às políticas de saúde e acordos internacionais.
























