O governo dos Estados Unidos escalou a pressão sobre o Congresso brasileiro ao considerar, pela primeira vez, a imposição de sanções aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre. A medida reflete o descontentamento de Washington com as posturas dos parlamentares em relação a temas sensíveis da política nacional.
A Casa Branca critica especialmente a resistência de Hugo Motta em pautar o projeto de lei sobre anistia para acusados de tentativa de golpe de Estado, legislação que poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. No caso de Alcolumbre, o principal ponto de atrito é sua recusa em dar andamento aos pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A movimentação americana representa uma ampliação do escopo das pressões diplomáticas sobre autoridades brasileiras. Até então, as atenções de Washington estavam concentradas principalmente em membros do Judiciário, com destaque para ministros do STF que já enfrentam restrições.
Os dois presidentes das casas legislativas, embora filiados a partidos de orientação centro-direita, têm demonstrado aproximação com o governo Lula, adotando uma postura de equilíbrio entre situação e oposição. Esta posição moderada, no entanto, não tem agradado setores mais conservadores da política americana.
O mais recente episódio que motivou a discussão sobre sanções foi o protocolo de um novo pedido de afastamento contra ministros do STF, que permanece sem perspectiva de análise no Senado. Alcolumbre tem sido categórico em afirmar a interlocutores que não pretende dar sequência a processos contra integrantes da Suprema Corte.
*Com informações de Paulo Cappelli do portal Metrópoles
























