O Cazaquistão rebate do alerta da embaixada chinesa a seus cidadãos sobre uma pneumonia “mais letal” que o coronavírus no país, situado na Ásia central e que faz fronteira com a China. A agência de notícias Reuters divulgou para mídia internacional que a embaixada da China havia denunciado um “aumento significativo” de casos de pneumonia desconhecida em determinadas cidades do Cazaquistão desde meados de junho. No entanto, o Ministério da Saúde do Cazaquistão respondeu, por meio de uma publicação no Facebook, que isso era “fake news” (uma notícia falsa).
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“Alguns meios de comunicação chineses divulgaram informações sobre casos relatados de uma pneumonia desconhecida no Cazaquistão que parecem ser mais mortais do que o coronavírus. O Ministério da Saúde da República do Cazaquistão declara oficialmente que essa informação não é condizente com a realidade”, escreveu na publicação.
A pasta disse que sua contabilização de pneumonias do tipo bacteriana, fúngica e viral, que também incluem casos de causas desconhecidas, seguem as diretrizes da Organização Mundial da Saúde. Segundo os dados consolidados pela universidade americana Johns Hopkins, 264 pessoas morreram no Cazaquistão em decorrência do coronavírus. O país contabiliza quase 55 mil casos confirmados e teve de impor um segundo lockdown nesta semana para tentar conter a pandemia.
Conforme a Reuters, a embaixada chinesa disse que 1.772 pessoas morreram em decorrência de pneumonia no primeiro semestre de 2020, com 628 mortes só em junho, incluindo de cidadãos chineses. Não há informações sobre a causa dessas pneumonias – se são relacionadas ao coronavírus ou não.
Variação viral no Paraná não preocupa
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comunicou à Organização Mundial da Saúde (OMS) que foi detectado em Ibiporã, no Paraná, um caso de doença respiratória provocado por uma variação do vírus influenza A H1N2, que é transmitido de porcos para humanos e tem potencial pandêmico. A infecção ocorreu em uma mulher de 22 anos, em abril último, a qual já está recuperada.
Para a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da Fiocruz a descoberta dessa variação do vírus no país não é preocupante. “Até o momento não foi confirmada a transmissão entre humanos da influenza A H1N2. Além disso, como o vírus se originou de mutações de outras cepas que já circularem aqui, grande parte da população possuí anticorpos que servem de proteção contra ele”, esclareceu a pesquisadora.