Em alguns países da União Europeia (UE), começar o dia com uma xícara de café ficou mais caro. “Os recentes aumentos de preços podem tornar esta manhã quase um luxo”, informou o escritório de estatísticas da UE nesta quinta-feira (6), ao destacar um salto no valor do produto.
O café ficou 16,9% mais caro em agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021, segundo o Eurostat. Outros produtos que fazem parte da rotina dos europeus também ficaram mais caros.
O leite integral agora custa 24% a mais, em média, enquanto os consumidores pagam 22% a mais pelo leite fresco com baixo teor de gordura, de acordo com o escritório europeu. O açúcar teve a maior alta, com seu preço médio saltando 33%.
Os dados mostraram que os preços desses quatro itens aumentaram em todos os países membros da UE, exceto Malta, onde o valor do leite fresco com baixo teor de gordura permaneceu inalterado.
A Finlândia e a Lituânia registraram as maiores variações nos preços do café, com aumentos de 43% e 40%, respectivamente, seguidas pela Suécia e pela Estônia.
A Polônia registrou o maior salto nos valores do açúcar (109%) em relação a agosto de 2021.
Na zona do euro, a inflação de preços ao consumidor atingiu 9,1% em agosto, impulsionada pelos custos de energia e alimentos. Em setembro, atingiu um novo recorde de 10%, de acordo com a estimativa do Eurostat.
Eventos climáticos adversos e o aumento da demanda, juntamente com questões geopolíticas e logísticas relacionadas à pandemia, resultaram em preços de atacado mais altos, nos últimos dois anos. Os fazendeiros também têm de arcar com outros aumentos dos custos de produção: o gás natural, por exemplo, é usado para produzir fertilizantes nitrogenados, dos quais a Rússia é a principal exportadora.
Com informações da Revista Oeste