A Secretaria de Saúde de Ipatinga, realizou na tarde desta quinta-feira (7) o 1º Simpósio Municipal de Leishmaniose – Evidências de Cuidados na Assistência Hospitalar. O evento, realizado no auditório do Hospital Municipal Eliane Martins (HMEM), reuniu mais de 100 profissionais da Saúde, que participaram de palestras e debates com nomes de referência na área epidemiológica.
Durante o simpósio, a médica infectologista Carmelinda Lobato explicou que a leishmaniose costuma aparecer mais frequentemente em pacientes com alguma condição crônica, como AIDS. Ainda conforme a infectologista, Ipatinga é uma cidade que faz parte de uma zona endêmica da doença. “Temos casos com uma certa frequência aqui na região. Por isso, essa iniciativa da Secretaria de Saúde é importante para atualizar os profissionais da área, a fim de que estejam sempre atentos ao tratamento e diagnóstico”.
A doença infecciosa é dividida em leishmaniose cutânea e visceral. No município, foram detectados 71 casos em 2021, contra quatro casos do tipo cutâneo em 2022. Os bairros de maior incidência foram Imbaúbas, Bom Retiro e Canaã. Já em relação ao tipo visceral, foram 12 casos confirmados em 2021. Neste ano, até agora, não houve qualquer confirmação. Os bairros de maior incidência foram Esperança e Bom Jardim.
LEISHMANIOSE
A leishmaniose é uma doença infecciosa causada pelo parasita “leishmania”. A transmissão se dá pela picada do mosquito flebótomo infectado, também conhecido como “mosquito-palha”. O diagnóstico da doença é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose é a segunda doença que mais mata no mundo entre as causadas por parasitas, perdendo somente para a malária. Tem alto percentual de morte se não diagnosticada e tratada a tempo.