Carta de Notícias
  • Gerais
    • Política
    • Cultura
    • Educação
    • Lazer
    • Saúde
  • Ciência e Tecnologia
    • Rafael Fonseca
    • William Argolo Saliba
  • Colunistas
    • Walter Biancardine
    • William Saliba
  • Opinião
    • Amauri Meireles
    • Edmundo Fraga
    • Flávia Presoti
    • Gabriel Jadson
    • Natália Brito
    • Poliane Andrade
    • Ricardo Ramos
    • Wederson Marinho
    • Vitor Bizarro
  • Vídeos
  • Expediente
  • Fale Conosco
  • Economia
    • Alice Costa
  • Login
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Carta de Notícias
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Articulistas

O mais do mesmo

Cid Miranda por Cid Miranda
6 de abril de 2023
em Articulistas
Tempo de Leitura: 4 minutos de leitura
A A
0
O mais do mesmo

Imagem aérea e noturna de Brasília (Foto: Bento Viana/Setur-D)

Compartilhar no WhatsAppCompartilhar no Facebook

*Por Amauri Meireles

Em Brasília, num ambiente em que se destacava um painel com muitas cores esfuziantes, fulgurantes (exceto um esmaecido amarelo), foi (re)lançado o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).


Gostaria de estar aqui elogiando boas iniciativas que possam trazer melhorias em área extremamente sensível para nós brasileiros – a proteção pública. Porém, lendo-se a 2ª edição, por mais boa vontade que se tenha, é lamentável verificar-se que não é o caso desse programa, em razão de ser inadequadamente restritivo, absolutamente raso e assustadoramente sectário.  Mais que decepção, ele causa angústia ao se constatar que foi perdida outra oportunidade para serem planejadas e operacionalizadas medidas profundas de enfrentamento à matriz de insegurança em nosso país: a violência, em seus vários desdobramentos.

Frustrou-se, quem acreditava em efetividade nessa proposta, visto que ela aborda, tão somente, a violência da criminalidade, ou seja, pretendeu destinar-se, unicamente, à “Prevenção, Controle e Repressão da Criminalidade”. E, pior, ainda o fez timidamente, pois delimitou suas ações em apenas duas frentes: Ação Policial, Prevenção e Integração de jovens em situação de risco. Nesse ponto, há de se atentar para o fato de que, subliminarmente, estariam sendo fortalecidos certos componentes do discurso antipolicial: polícia é violenta; polícia somente mata jovem negro pobre; combater o racismo estrutural na polícia. E, usando o “morde e assopra”, disponibiliza ações (principalmente recursos financeiros) para vender esse peixe podre.

Uma palavra define esse programa, que deveria ser um plano político, de interesse nacional, mas que ficou circunscrito a uma manobra político-partidária: mormaço! Isso, muito calor e pouca luz! Mais objetivamente, muito estardalhaço e, por certo, pouco resultado, como foi a 1ª edição, lançada em 2007, com investimento, até 2012, de R$ 6.707.000.000,00 (seis bilhões e setecentos e sete milhões). Como exemplo, a taxa de homicídios, no período, de 27 chegou a 29 por 100.000 habitantes.

Não se pode negar que a coerência foi mantida, pois estão presentes as mesmas alegorias e os mesmos apelos verbais voltaram a ser invocados, em paralelo a um péssimo samba-enredo, digo, erros técnicos grosseiros. Começando com a imprópria utilização da expressão Segurança Pública, guardando sinonímia com combate à criminalidade. E o que pretenderam os autores ao repetir o jargão “com cidadania”? Um exercício para impactar leigos, ainda que denegrindo ações passadas? Quer dizer que tudo que foi feito, até hoje, foi “sem cidadania”? Ou cidadania não é mais exercício de direitos e prática de deveres sociais?

Segundo o programa, “A segurança é hoje a principal preocupação do brasileiro”. Se verdade, uma concepção que pretende aumentar a segurança (uma utopia, pois, todo esforço deve ser feito para reduzir a insegurança, verdadeiro ambiente em que se vive, em qualquer parte do planeta) não pode restringir-se às duas frentes já citadas.

Quando se lê o enunciado de “Nossa visão” – do plano – identifica-se a origem dos equívocos cometidos pelos teóricos que o elaboraram: “Existe uma relação do social com o crime, que se alimenta da injustiça e da exclusão”. É inaceitável constar desse programa (e de outras manifestações) uma afirmação tão absurda. E, partindo de pressupostos absurdos, chegam a conclusões absurdas. Na realidade, vulnerabilidades socioeconômicas (crises de moradia, desemprego, fome, miséria, etc.) são um tipo de violência (exclusão social), mas não são causas de violência criminal. Ou seja, nem todo marginalizado é marginal, nem todo marginal é marginalizado. Observando-se outras culturas, constata-se o erro grosseiro daquela afirmação.

Ao serem abordadas as “Ações Estruturais”, constata-se que elas estão fundadas na “Síndrome de Geni”, como se o núcleo do problema estivesse na Polícia (má formação, violenta, despreparada, mal aparelhada, etc.). Fixaram-se na causalidade, vértice para onde fluem causas e refluem efeitos da violência, estas, sim, que deveriam ter um tratamento prioritário.

Ora, a Polícia é o órgão público mais visível, trabalhando nesse vértice. Assim, ocorrendo a distopia estatal (ausência ou funcionamento anômalo de outros órgãos públicos, principalmente da área social) é natural que as pessoas peçam socorro a essa Instituição. Os policiocratas, por falta de experiência, por falta de contato com a realidade fática, criticam esse órgão por omissão, por incompetência, por ser responsável pelo agravamento das mazelas e das contradições sociais. Não vislumbram a sobrecarga que as Polícias recebem por incúria de outros órgãos públicos, reitera-se, principalmente da área social. Logo, logo esses pseudo-especialistas  irão propugnar que a grama é que deve comer o boi!…

Os profissionais da área da saúde sabem muito bem que, constatada uma doença, há que se pesquisar a causa para o tratamento ser prescrito. No caso de doença do organismo social – a violência – o tratamento também se inicia conhecendo-se a(s) causa(s). Porém, o PRONASCI-II prescreve remédios, sem ter convicção das reais causas da violência.

Melhorar a Polícia – técnica, administração, logística, etc. – deve ser uma constante, porém, se o governo não “melhorar” o criminoso, estaremos diante de um “Tonel das Danaídes”.

Os profissionais da Defesa Social, em particular os da Salvaguarda Social (Segurança Pública?) sabem que a origem está na vulnerabilidade sociopolítica, ou seja, no desrespeito aos valores sociais e na desobediência às regras sociais, que integram a Ordem Nacional. Ao que parece, não foram convidados a participar da elaboração desse programa.

Portanto, a causa maior está no caráter nacional, que está doente. Não sendo atacada, toda e qualquer medida será um simples paliativo. E não será o Ministério da Justiça e Segurança Pública, através de um Pronasci, que irá minimizar esse trabalho. Deve ser um plano multissetorial, que exige participação de vários outros ministérios.

Enfim, pensaram grande e fizeram pequeno. Um autêntico parto da montanha. Que desapontamento!…

*Coronel Veterano da PMMG. Foi Comandante da Região Metropolitana de BH e do 14° BPM de Ipatinga

Tag: Brasíliacriminalidadeinsegurançaproteção pública
Postagem anterior

Recoloca Rio Doce tem 170 vagas de emprego para os Vales do Aço, Rio Doce e Mucuri

Próxima postagem

Nippon detalha para prefeito de Ipatinga, novo acordo de acionistas da Usiminas

Leia também

O desencanto com a democracia
Articulistas

O desencanto com a democracia

14 de novembro de 2024
Penhora de valores do mesmo grupo de Executada exige a prévia desconsideração da personalidade jurídica
Articulistas

Penhora de valores do mesmo grupo de Executada exige a prévia desconsideração da personalidade jurídica

10 de outubro de 2023
Associação de moradores: veja as modificações trazidas pela Lei 13.465/17
Articulistas

Associação de moradores: veja as modificações trazidas pela Lei 13.465/17

4 de setembro de 2023

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Powered by the Tomorrow.io Weather API
premio nippon
JORNALISMO COM CREDIBILIDADE                

** Os artigos de opinião, assinados, expressam a visão do autor e não necessariamente a linha editorial do portal Carta de Notícias.

Expediente:

CN Multimidia e Marketing Ltda.
CNPJ: 36.360.043/0001-25

Conselho Editorial: Antônio William Saliba
E-mail: awsaliba@cartadenoticias.com.br

CEO:
William Argolo
- (31) 98600-3599
E-mail: financeiro@cartadenoticias.com.br

Direção de Jornalismo: William Saliba - (31) 98744-3030
E-mail: awsaliba@cartadenoticias.com.br

Editoria Geral: Cid Miranda - (31) 98562-4064
E-mail: redacao@cartadenoticias.com.br

Assessoria Jurídica:
Vitor Bizarro
- (31) 98828-9999
E-mail: juridico@cartadenoticias.com.br

Publicações Mais Recentes:

  • HMC celebra 60 anos com solenidade histórica em Ipatinga

    HMC celebra 60 anos com solenidade histórica em Ipatinga

    18 de maio de 2025
  • Bebês Reborn”: a infantilização da mulher moderna

    Bebês Reborn”: a infantilização da mulher moderna

    18 de maio de 2025
  • Como automatizar a casa com eficiência e simplicidade

    Como automatizar a casa com eficiência e simplicidade

    17 de maio de 2025
  • O verdadeiro presente que eu queria dar para todas as mães

    O verdadeiro presente que eu queria dar para todas as mães

    17 de maio de 2025
  • Aperam BioEnergia vence o Prêmio ESG 2025 com projeto de bio-óleo 100% renovável

    Aperam BioEnergia vence o Prêmio ESG 2025 com projeto de bio-óleo 100% renovável

    16 de maio de 2025

2025 © CARTA DE NOTÍCIAS - Todos os Direitos Reservados. - Desenvolvido por: DG Company - Companhia Digital - Hospedado por: Onex Data Center

Gerenciar o Consentimento
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver Preferências
{title} {title} {title}
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Gerais
    • Política
    • Cultura
    • Educação
    • Lazer
    • Saúde
  • Ciência e Tecnologia
    • Rafael Fonseca
    • William Argolo Saliba
  • Colunistas
    • Walter Biancardine
    • William Saliba
  • Opinião
    • Amauri Meireles
    • Edmundo Fraga
    • Flávia Presoti
    • Gabriel Jadson
    • Natália Brito
    • Poliane Andrade
    • Ricardo Ramos
    • Wederson Marinho
    • Vitor Bizarro
  • Vídeos
  • Expediente
  • Fale Conosco
  • Economia
    • Alice Costa
  • Login

2025 © CARTA DE NOTÍCIAS - Todos os Direitos Reservados. - Desenvolvido por: DG Company - Companhia Digital - Hospedado por: Onex Data Center

Esse website utiliza cookies. Ao continuar a utilizar este website estará dando seu consentimento para a utilização de cookies.
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?