Por William Argolo Saliba (*)
No dia 31 de dezembro de 2022, faleceu o papa emérito, Bento XVI, um pontífice considerado o símbolo da preservação da moral e dos valores da Igreja Católica Romana. Embora seja conhecido através da mídia, como o primeiro papa a renunciar após seis séculos, seu grande legado foi preservar a sã doutrina cristã em um período onde o relativismo marxista contaminava a Igreja católica.
Joseph Alois Ratzinger, conhecido como Bento XVI, nasceu em Marktl am Inn, na Baviera, em 16 de abril de 1927. Passou a infância e a adolescência em Traunstein, onde recebeu sua formação cristã, humana e cultural. Após a Segunda Guerra, foi ordenado sacerdote e lecionou em algumas das principais faculdades de teologia da Alemanha.
Ratzinger teve participação importantíssima no Concílio Vaticano II, onde já se destacava como um dos principais teólogos da atualidade. Em 1977, tornou-se arcebispo de Munique e Frisinga. Quatro anos depois foi nomeado prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé pelo pontífice João Paulo II, permanecendo no cargo até 2005. Nesse mesmo ano, Joseph Ratzinger foi eleito papa, assumindo o nome de Bento XVI.
O legado brilhante deixado por Bento XVI de luta incessante contra as ideologias marxistas que tentam relativizar as verdades de fé incomoda muitos intelectuais defensores da teologia da libertação, dentre eles, o filósofo e escritor Leonardo Boff que deixou a seguinte mensagem em seu Twitter (@LeonardoBoff) no dia 31 de Dezembro de 2022: “Faleceu o ex-Pontífice Bento XVI. Para fazermos um juízo objetivo deveríamos distinguir o teólogo Joseph Ratzinger e a função de Papa, condutor da Igreja. Como teólogo é um típico intelectual centro-europeu, inteligente e erudito. Como Papa, foi um esforço fracassado de restauração.”
Boff, ex-sacerdote católico foi considerado um apóstata e teve suas funções sacerdotais renegadas, em 1984, pela Santa Sé. Na época, o cardeal Joseph Ratzinger presidia a Congregação da Doutrina da Fé, responsável pela decisão. Esse órgão foi criado para preservar os valores da Igreja Católica, protegendo esses das heresias e apostasias difundidas por clérigos já profetizadas pelo Papa Paulo VI que em uma carta escreveu “A fumaça do mal entrou na Igreja”.
(*) Prof. William Argolo Saliba – Possui graduação em Química (Bacharel e Licenciatura), mestrado em Agroquímica e doutorando Química. É especialista em Teologia e graduando em Tecnologia de Terapias Integrativas e Complementares. É autor de vários artigos e livros publicados no Brasil e no exterior.