Por Walter Biancardine (*)
O ministro “Que Não Se Pode Dizer o Nome”, do órgão “Que Não Pode Ser Mencionado”, ligou o vazamento das mensagens reveladoras das ilegalidades, cometidas pelo próprio no “Outro Órgão Eleitoral Que não Pode Ser Citado”, a uma “suposta organização criminosa”.
Segundo o Inominável, os responsáveis pelo vazamento teriam o objetivo de cassar os integrantes do órgão “Que Não Pode Ser Mencionado” até fechá-lo definitivamente. Segundo matéria da Revista Oeste, tal análise está no inquérito aberto pelo descapilarizado cidadão, na segunda-feira, 19, tendo retirado o sigilo da investigação nesta quinta-feira, 22.
Ainda que minha porca inteligência não alcance a sola dos sapatos de Olavo de Carvalho, não é preciso ostentar o gênio do velho da Virgínia para enxergar claramente o surrado cacoete de acusar outros, daquilo que fazemos, xingando-os do pior que somos. Outra coisa não fez o “Inominável” que não fosse perseguir, um por um, todos os parceiros, aliados e até apoiadores de Jair Bolsonaro não apenas visando a prisão do ex-presidente mas, também, a intimidação e devastação de suas fileiras – “até fechá-las definitivamente”, acrescentaria eu.
Igualmente, à tamanha sandice poderia eu comentar sobre um imbecil de tal calibre conceber o fechamento de uma instituição por falta de integrantes, já que todos teriam sido “cassados” e ficaria o dito pelo não dito. Para completar, busca o “Inominável” descobrir quem o denunciou, e não apurar as ilicitudes cometidas – mas creio ser melhor passar adiante.
Assim, tudo o que é comentado gentilmente pela mídia como “corporativismo” dos integrantes do órgão “Que Não Pode Ser Mencionado” nada mais é, na realidade, que mero mecanismo de defesa de uma – esta, sim – verdadeira organização criminosa, ao ver-se acuada e com seus podres fundilhos expostos.
O consórcio ora no poder, entretanto, padece de grave e aparentemente insanável esquizofrenia, uma vez que bifurca-se entre a agenda globalista 2030 e os ditames do Foro de São Paulo. Para piorar, tal esquizofrenia ideológica não é seu maior problema, no momento – a depender da seriedade e convicção do povo brasileiro, a real “organização criminosa” (o órgão “Que Não Pode Ser Mencionado”) estará, de fato, seriamente ameaçada e em vias de extinção. E sem esta eficaz e opressora ferramenta, certamente os dias do citado consórcio estarão contados.
Importantíssimo é ressaltar que ninguém, em são juízo, deseja o fechamento de um tribunal. O que se objetiva – e creio estar bem claro nos parágrafos acima – é o fim de uma organização criminosa explícita, visível a olho nu, lá instalada e composta por jagunços criteriosamente escolhidos pelo “Capo di tutti capi”, deficiente de um dedo e de valores morais.
No Brasil, a história se repete – não como farsa, mas como fraude – e não seria outra a reação do descapilarizado além de intentar levantar temores de “conspirações poderosas”, “organizações maléficas” e outros quetais, sempre alegados por ditadores agonizantes e que desejem, previamente, justificar futuras e furiosas reações figadais ao fim de seu poder.
Hoje, entretanto, é a sacrossanta sexta-feira e longe de mim estragá-la com pensamentos funestos, advindos de conjunturas ainda mais nefastas: este artigo – hoje quase telegráfico, pelo tanto que poderia se desenvolver – destina-se apenas a fornecer risonho motivo de chacota nas inevitáveis rodas de chope deste dia, mas deixando margem para que sempre reste a consciência, em cada um de nós, de que somente um povo unido e resoluto pode mudar os destinos de um país.
Não terceirizemos nossas responsabilidades, não tenhamos medo do enfrentamento inevitável, e que tudo isso seja regado por farto chope e uma boa linguicinha frita, ao som do inevitável violão do barzinho.
A vida segue, mas depende de nós.
Boa sexta feira a todos!