Por Walter Biancardine (*)
Logo após a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República, em 2018, meu professor Olavo de Carvalho, fez mais uma de suas verdadeiras “profecias”, afirmando: “Ou se prende os comunistas pelos crimes que eles cometeram ou eles, fortalecidos, irão nos prender por crimes que não cometemos”.
Irretocável. E é o que hoje acontece, no Brasil de Alexandre de Moraes e do consórcio narco-comuno-globalista que se instalou nestas paragens.
É preciso ir direto ao ponto, sem maiores rodeios: se há um fator que nos distingue dos demais países oprimidos por “ditaduras brancas” (não oficializadas, como a Bolívia por exemplo) é o fato que não mais dispomos de nenhuma instituição que tenha conseguido preservar seu funcionamento e ainda esteja não contaminada pela infiltração militante, promovida pelos quarenta anos de domínio esquerdista no país, desde a infame “redemocratização”, nos anos 80.
Para piorar, nosso próprio povo vive um estado de letargia hipnótica, eis que temos ao menos duas gerações de cidadãos dopados por toneladas diuturnas de doutrinação gramscista, promovida incessantemente pelo então maior veículo de comunicação do Brasil, a Rede Globo.
Não temos Poder Judiciário, não temos Forças Armadas, não temos grande mídia e, para completar, não temos povo – acomodado que está pelo assistencialismo do Estado e pelo personagem que a grande mídia definiu para nós: alegre, festeiro, malemolente e sensual. Para quê lutar, se a mulata cheirosa nos chama e acolhe em seus braços? Para quê arriscar a vida se o Flamengo ganhou e o churrasco está rolando? Arriscar meu Bolsa-Família? Jamais!
É neste momento que devemos lembrar de Olavo de Carvalho e, dada a miséria atual – infelizmente não alcançada pelo filósofo, ainda em vida – estender ainda um pouco além, tal conceito.
Precisamos de um líder, e o temos. Chama-se Jair Messias Bolsonaro. Falta ao mesmo, entretanto, alguns defeitos que – dada a situação abstrusa – se converteriam em qualidades, extremamente necessárias para nos tirar de tais funduras. Um desses defeitos é ter a capacidade de contrariar a lei; sim, pois que estes mesmos regulamentos são manipulados por nossos inimigos e de nada nos valem. Um outro defeito que seria bem vindo consistiria em pendores menos democráticos, trazendo para seus próprios ombros decisões e ações radicais, sem as quais nenhuma sombra de mudança poderá ser vista.
O outro fator o qual necessitamos, este é mais difícil: o povo. Sim, pois a única coisa que grupos opressores temem é a fúria popular, incontrolável e sem limites. Sem o povo nas ruas, irritado e determinado, nada será possível – mas, onde esse povo, entretido que está em meio a churrascos, periguetes, cervejas e “batidões”?
Para piorar, ainda temos o “efeito Trump”, onde os brasileiros rebaixam-se ao nível de “chamar o irmão mais velho” para resolver suas pendengas, incapazes e acomodados que somos, eternas vítimas de nossa própria covardia e confiantes que o homem-laranja resolverá todos os nossos problemas, sem que tenhamos de sair de nossos churrascos e pagodes.
Já escrevi inúmeras vezes que Moisés não teria libertado os judeus do Egito se obedecesse as leis de Faraó, e creio que pingo é letra na situação em que vivemos. Não há parto sem dor, e certamente nossa liberdade – roubada em boa parte por nossa própria omissão – nos cobrará algum preço.
Mas sem que tenhamos um líder disposto a fazer o que for preciso – e dane-se a lei – somado a um povo nas ruas, determinado e prestando seu apoio incondicional durante o tempo que for necessário, jamais sairemos desta situação.
Resta saber se Bolsonaro esquecerá as fatídicas “quatro linhas da Constituição” e se nós, povo, honraremos as calças que vestimos, sairemos às ruas e nos sacrificaremos pelo futuro de nossos filhos e netos.
“Homens fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam homens frouxos, homens frouxos criam tempos difíceis…”
Quando sairemos desta última realidade?