Por William Saliba
O recente aumento das hostilidades entre Israel e o Hezbollah no Líbano levanta preocupações sobre uma possível escalada de um novo conflito de grandes proporções. Com a dinâmica de alianças se redefinindo e a tecnologia bélica nuclear em jogo, a estabilidade mundial está em risco.
A situação no Oriente Médio é explosiva. Israel, apoiado militarmente pelos Estados Unidos e pelos países da Otan, enfrenta o Hezbollah, uma organização armada e financiada pelo Irã. O grupo não é apenas uma força militar, mas também uma influência política significativa no Líbano. A tensão entre essas forças pode se transformar em um conflito que transcende fronteiras, afetando países e populações em um cenário global já fragilizado.
Os analistas de geopolítica observam com preocupação a configuração atual. O Irã, aliado da China e da Rússia; e Israel, respaldado pelo Ocidente, criam um cenário propenso a uma escalada militar.
A possibilidade de uma guerra envolvendo potências nucleares não é apenas uma hipótese distante, mas uma realidade que ameaça a paz global. O risco de um conflito regional se transformar em uma crise internacional é alarmante e deve ser motivo de reflexão.
No meio desse caos, está o povo libanês, que ainda vive as cicatrizes de sua longa guerra civil, que durou de 1975 a 1990. O Líbano, o maior país cristão do Oriente Médio, tem uma história de diversidade religiosa e étnica, mas a paz sempre foi um objetivo difícil de alcançar. A escalada atual traz de volta os fantasmas do passado, ameaçando a já frágil harmonia social.
A posição do Brasil neste cenário é igualmente preocupante. Com a maior população libanesa e israelense fora do Oriente Médio, o país tem uma tradição de convivência pacífica entre essas comunidades. No entanto, o recente posicionamento diplomático do Brasil, claramente a favor de um dos lados do conflito, quebra essa tradição de neutralidade e pode trazer consequências indesejadas.
A história mostra que a escolha de lados em conflitos internacionais pode levar a repercussões graves, não apenas no plano diplomático, mas também na segurança interna e na coesão social.
Diante desse panorama, urge uma reflexão: como podemos evitar que o Brasil se torne um peão nesse jogo geopolítico? A resposta pode estar na reafirmação da diplomacia como ferramenta fundamental para a paz.
O país deve buscar atuar como mediador, promovendo diálogos que visem a resolução pacífica dos conflitos e evitando a polarização que pode resultar em desdobramentos violentos.
A mensagem que se impõe é clara: a paz não é apenas um desejo, mas uma responsabilidade coletiva. É fundamental que lideranças políticas e a sociedade civil se unam em torno da ideia de que a cooperação e o entendimento são essenciais para evitar que o mundo retroceda a uma era de conflitos devastadores. O futuro do planeta depende da capacidade de dialogar e encontrar soluções pacíficas.
Que o Itamaraty aja com cautela e que Lula contenha suas bazófias que apequenam cada vez mais o Brasil no cenário internacional.