O setor brasileiro de papel e celulose projeta investimentos de R$ 105,6 bilhões até 2028, com a Suzano liderando o mercado como maior produtora mundial de celulose de fibra curta de eucalipto. O segmento representa 2,7% do PIB nacional e atrai grandes grupos empresariais nacionais e internacionais.
A indústria papeleira brasileira consolida sua posição de destaque global com a expansão de players tradicionais e a chegada de novos investidores. A Suzano, empresa fundada por Leon Feffer, mantém a liderança do setor com capacidade produtiva de 13,4 milhões de toneladas anuais e receita líquida de R$ 39,75 bilhões em 2023.
No cenário nacional, a Klabin, controlada pelas famílias Klabin e Lafer Piva, domina o mercado de embalagens de papelão e papel-cartão. Com 135 anos de história, a empresa mantém trajetória consistente de crescimento e diversificação de produtos.
O Mato Grosso do Sul emerge como nova fronteira do setor, atraindo investimentos expressivos. A chilena CMPC constrói uma unidade em Inocência, enquanto a também chilena Arauco expande suas operações com o projeto Sucuriú. O estado oferece incentivos que atraem novos empreendimentos.
Outros grupos importantes incluem a indonésia Bracell, pertencente ao grupo RGE, que se destaca na produção de celulose solúvel e inaugurou recentemente uma fábrica de papel tissue. A Eldorado Brasil Celulose, sob controle da família Batista e da JBS, produz 1,8 milhão de toneladas de celulose anualmente.
O setor conta ainda com players relevantes como a Cenibra, localizada no leste de Minas Gerais, uma empresa de capital fechado controlada pela Japan Brazil Paper and Pulp Resources Development Co., Ltd. (JBP), especializada na produção de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto com capacidade instalada de 1,2 milhão de toneladas/ano; a LD Celulose, especializada em celulose solúvel, e a Sylvamo, que opera três unidades no país. A Veracel, joint venture entre Suzano e Stora Enso, mantém operações na Bahia e Minas Gerais, incluindo terminal marítimo próprio para exportações.
Os investimentos previstos até 2028 demonstram a confiança do mercado no potencial brasileiro, com destaque para o projeto Cerrado da Suzano, que iniciou operações em julho de 2023. A distribuição geográfica das novas plantas industriais beneficia diferentes regiões do país, gerando empregos e desenvolvimento econômico.