O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), esteve presente na posse de Masoud Pezeshkian como novo presidente do Irã, nessa terça-feira (30). Durante a cerimônia, Alckmin sentou-se a poucas cadeiras de distância de Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, que seria assassinado horas depois por um ataque aéreo em Teerã.
Imagens transmitidas pela Press TV, a emissora estatal do regime iraniano, evidenciam a proximidade entre Alckmin e Haniyeh no evento. No entanto, não houve interação entre os dois durante a solenidade, conforme apontam as mesmas imagens.
Haniyeh, presente na cerimônia devido à estreita relação entre o Hamas e o regime iraniano, foi morto em um ataque aéreo que ainda não teve sua autoria confirmada. O Itamaraty, até o momento, não se manifestou sobre o ocorrido.
Segundo portal UOL, a posse de Masoud Pezeshkian ocorre após a morte do ex-presidente Ebrahim Raisi, considerado “linha-dura”, em um acidente de helicóptero em maio. A transição de liderança no Irã tem atraído a atenção mundial, especialmente pelas implicações geopolíticas na região.
Alckmin, que representou o governo brasileiro na cerimônia, teve sua viagem ao Irã decidida após a escolha da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Esta foi a primeira vez que Janja substituiu o presidente Lula em uma abertura olímpica.
A agenda de Alckmin no Irã inclui reuniões com empresários locais e um encontro com o recém-empossado presidente Pezeshkian. Na noite de hoje (31), Alckmin deve partir para Doha, no Catar, dando continuidade a sua missão internacional.
O evento e as circunstâncias subsequentes, incluindo o assassinato de Haniyeh, ressaltam a complexidade e a tensão presente nas relações internacionais, especialmente no contexto do Oriente Médio. A proximidade de Alckmin com o líder do Hamas, mesmo que não intencional, coloca o Brasil em um delicado cenário diplomático que requer cuidadosa gestão por parte do governo.