Um ataque com foguetes no último sábado (27) em um campo de futebol nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, resultou na morte de 12 crianças e adolescentes, gerando temor de uma escalada de violência na região. Autoridades israelenses estão tentando conter a situação para evitar uma guerra total, apesar da pressão para retaliar o grupo libanês Hezbollah, acusado do ataque.
O funeral das vítimas em Majdal Shams, nas Colinas de Golã, ocorreu no domingo (28), sob um clima de profunda tristeza e indignação. O incidente aumentou a tensão entre Israel e o Líbano, com o Hezbollah negando qualquer envolvimento no ataque. Mesmo assim, Israel e os Estados Unidos atribuem a responsabilidade ao grupo militante.
Em resposta à tragédia, o gabinete de segurança israelense se reuniu e autorizou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant a decidir sobre a retaliação. Fontes diplomáticas indicaram que a resposta será “limitada, mas significativa”, visando evitar uma guerra de maiores proporções.
PREOCUPAÇÃO COM A ESCALADA DO CONFLITO
O ataque intensificou o temor de que os meses de hostilidades entre Israel e o Hezbollah possam se transformar em um conflito mais amplo e destrutivo. Os confrontos entre os dois lados são os mais graves desde 2006, quando ocorreu uma guerra de 34 dias que resultou em grande devastação.
A possibilidade de dias de luta está sendo considerada por Israel, que está preparado para retaliar sem, contudo, arrastar toda a região para um confronto militar de larga escala. “A estimativa é de que a resposta não levará a uma guerra total”, afirmou uma fonte diplomática.
APELOS INTERNACIONAIS POR CALMA
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizou a importância de evitar a escalada do conflito durante uma ligação telefônica com o presidente israelense, Isaac Herzog. Eles discutiram esforços para alcançar uma solução diplomática e permitir que cidadãos de ambos os lados retornem às suas casas.
A Alemanha também fez um apelo a todas as partes envolvidas, especialmente ao Irã, para que evitem uma escalada. O governo alemão expressou preocupação com a situação e pediu moderação.
REPERCUSSÕES NA REGIÃO
O Hezbollah, aliado do grupo palestino Hamas, declarou que seus ataques têm como objetivo apoiar os palestinos e cessarão apenas quando Israel interromper sua ofensiva em Gaza. O conflito na fronteira entre Israel e Líbano já forçou dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas.
Os próximos dias serão cruciais para determinar se a região conseguirá evitar uma escalada maior ou se novos confrontos agravarão ainda mais a situação no Oriente Médio. A comunidade internacional permanece vigilante, buscando caminhos para a paz e estabilidade na região.