A passagem do furacão Milton pela Flórida deixou um cenário de devastação. Pelo menos dez pessoas morreram e mais de 3 milhões de imóveis ficaram sem energia elétrica após a tempestade atingir o estado americano na noite de quarta-feira (9). O furacão tocou o solo por volta das 21h30, com ventos de até 205 km/h. À medida que avançava pelo continente, foi perdendo força gradualmente.
Na manhã de hoje (10), o olho da tempestade já havia deixado a Flórida em direção ao Oceano Atlântico, mas as autoridades alertam que Milton deve permanecer na região até sexta-feira (11).
Entre as vítimas fatais, três pessoas morreram no condado de Volusia, incluindo uma após a queda de uma árvore. Outras duas mortes foram registradas em uma comunidade de aposentados em Fort Pierce, atingida por um tornado associado à tempestade.
Além das mortes, o furacão deixou um rastro de destruição. Ruas ficaram completamente alagadas, casas foram danificadas e árvores derrubadas em diversas localidades. Rodovias também sofreram bloqueios. As autoridades orientaram que a população permaneça em abrigos até que a situação se normalize.
Equipes de resgate estão posicionadas para atender as vítimas assim que as condições climáticas permitirem. O governo federal enviou equipes para coordenar os serviços de emergência no estado. Analistas estimam que os prejuízos causados por Milton podem chegar a US$ 100 bilhões.
A intensidade do furacão surpreendeu os cientistas. Em apenas 46 horas, Milton evoluiu de tempestade tropical para um furacão de categoria 5, um dos aumentos mais rápidos já registrados. Especialistas apontam que o aquecimento dos oceanos e a transição para o fenômeno La Niña podem estar relacionados à força da tempestade.
As autoridades seguem em alerta para os próximos dias, quando Milton deve se transformar em uma tempestade tropical. A expectativa é que os trabalhos de reconstrução e assistência às vítimas se estendam por semanas ou meses na Flórida.