O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou nesta sexta-feira (4) que a recente ofensiva contra Israel foi apenas a “menor punição” pelos “crimes espantosos” do país judeu. Em seu primeiro discurso público desde os ataques de terça-feira (1.out), Khamenei defendeu as ações militares iranianas e prometeu continuar a luta contra o que chamou de “regime sionista”.
Durante uma oração pública em Teerã, o aiatolá afirmou que qualquer golpe contra Israel beneficia toda a região e a humanidade. Ele criticou duramente o governo israelense, acusando-o de ser a principal causa de guerra, insegurança e atraso no Oriente Médio. Khamenei aproveitou a ocasião para homenagear o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e o general Abbas Nilforushan, mortos em bombardeios israelenses no Líbano.
O discurso inflamado do líder iraniano ocorre em um momento de alta tensão na região, após os ataques mútuos entre Irã e Israel. Khamenei expressou total apoio às operações militares iranianas, classificando-as como “totalmente legítimas”. Ele também fez um apelo à união entre as nações muçulmanas, afirmando que juntos poderiam superar o que chamou de “inimigo comum”.
As declarações do aiatolá reforçam a postura combativa do Irã em relação a Israel e sinalizam uma possível escalada no conflito. Khamenei deixou claro que seu país não pretende recuar, prometendo continuar na luta contra o governo israelense. O líder supremo iraniano também criticou os Estados Unidos, acusando-os de apoiar as ações de Israel na região.
A retórica agressiva de Khamenei levanta preocupações sobre uma potencial intensificação das hostilidades no Oriente Médio. Analistas temem que o conflito possa se expandir, envolvendo outros atores regionais aliados tanto do Irã quanto de Israel. A comunidade internacional acompanha com apreensão o desenrolar dos eventos, temendo uma guerra em larga escala.
O discurso do líder iraniano também destaca o papel central do conflito israelo-palestino nas tensões regionais. Khamenei reiterou seu apoio a grupos como Hamas e Hezbollah, prometendo que os “crimes do regime sionista” não prevalecerão sobre essas organizações. Essas declarações devem aumentar ainda mais as preocupações de Israel em relação à sua segurança.
Enquanto o Irã promete intensificar sua luta, Israel mantém-se em alerta máximo. O governo israelense ainda não se pronunciou oficialmente sobre as recentes declarações de Khamenei, mas é esperado que mantenha sua postura de defesa e retaliação a qualquer ameaça. A situação permanece volátil, com ambos os lados demonstrando pouca disposição para recuar ou buscar uma solução diplomática para o conflito.
A comunidade internacional, por sua vez, faz apelos por contenção e diálogo. Diversos países e organizações expressaram preocupação com a escalada das tensões e pediram que ambas as partes evitem novas provocações. No entanto, as declarações belicosas de Khamenei sugerem que uma resolução pacífica para o conflito ainda está longe de ser alcançada.