O Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta terça-feira (26) um acordo de cessar-fogo com o Líbano, que deve entrar em vigor a partir de amanhã (27/11). A medida prevê a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano e o envio de militares libaneses para a região fronteiriça num prazo de 60 dias.
Em pronunciamento oficial, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu apresentou três motivos principais para a decisão: a necessidade de concentrar esforços contra o Irã, o reabastecimento dos estoques militares e o isolamento do Hamas. Netanyahu enfatizou que a duração do acordo dependerá diretamente do comportamento do Hezbollah, grupo extremista libanês.
O acordo mantém a liberdade de ação militar israelense em caso de violação dos termos. “Se o Hezbollah quebrar o acordo e tentar se armar, nós atacaremos”, advertiu o premiê israelense, que contou com o apoio dos Estados Unidos para as negociações.
Antes da formalização do acordo, as Forças de Defesa de Israel ainda realizaram operações terrestres e ataques aéreos contra território libanês. Netanyahu afirmou que seu país alcançou objetivos significativos durante o conflito, destacando que o grupo libanês Hezbollah “não é mais o mesmo” do início das hostilidades.
A aprovação do cessar-fogo pelo Gabinete de Segurança representa um passo importante para a estabilização da região, embora a tensão permaneça elevada. O acordo ainda precisa passar pela aprovação final dos ministros do governo israelense, com votação prevista ainda para esta terça-feira.