O sul do Líbano foi alvo de intensos ataques aéreos israelenses nesta segunda-feira (23), resultando em um saldo trágico de 274 mortos e mais de mil feridos, segundo informações do Ministério da Saúde libanês. A ofensiva, considerada a mais ampla desde o início do conflito recente, teve como foco áreas supostamente ligadas ao grupo Hezbollah.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram imagens do ataque, afirmando ter atingido estruturas que abrigavam armamentos do Hezbollah. A ação ocorreu logo após Israel ordenar que civis se afastassem de locais potencialmente perigosos na região.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que as operações continuarão até que seja possível o retorno seguro dos residentes do norte de Israel. A escalada da violência teve início após uma série de explosões de pagers no Líbano, que resultaram em 37 mortes. O governo libanês e o Hezbollah acusam Israel de ter hackeado os dispositivos, utilizados por membros do grupo extremista.
Em resposta às explosões, o Hezbollah lançou 150 foguetes contra o território israelense. Naim Qasem, vice-líder do grupo, afirmou no domingo que o conflito “entrou em uma nova fase”.
A comunidade internacional observa com preocupação o aumento das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, temendo uma possível expansão do conflito na região. Organizações humanitárias apelam por um cessar-fogo imediato e pela proteção dos civis afetados pelos bombardeios.
Enquanto isso, a população do sul do Líbano enfrenta uma situação crítica, com hospitais sobrecarregados e infraestruturas danificadas pelos ataques. Equipes de resgate trabalham incansavelmente para atender às vítimas e buscar sobreviventes nos escombros.
O governo libanês convocou uma reunião de emergência para discutir a resposta diplomática e as medidas de proteção à população civil. Representantes do país planejam levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU, buscando uma intervenção internacional para conter a escalada do conflito.
A tensão entre Israel e o Hezbollah tem raízes profundas, remontando a décadas de antagonismo. O grupo, considerado uma organização terrorista por diversos países, mantém forte presença no sul do Líbano e é apoiado pelo Irã, adversário regional de Israel.
Analistas apontam que a atual intensificação dos confrontos pode estar relacionada a uma estratégia de ambos os lados para fortalecer suas posições em eventuais negociações futuras. No entanto, o alto custo humano dessas ações tem gerado críticas da comunidade internacional.
À medida que a situação se desenvolve, cresce a preocupação com a estabilidade regional. Países vizinhos e potências globais monitoram de perto os eventos, temendo um possível efeito dominó que poderia desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.