As Forças de Defesa de Israel anunciaram nesta quinta-feira (17) a morte de Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas e mentor dos ataques de 7 de outubro de 2023. O terrorista foi morto durante uma operação militar em Rafah, sul da Faixa de Gaza, sua cidade natal.
Sinwar, que havia assumido o comando do grupo terrorista há apenas dois meses após o assassinato de seu antecessor, Ismail Hanyeh, no Irã, era considerado o último remanescente da alta cúpula do Hamas. Sua eliminação marca um ponto crucial na estratégia israelense de desmantelar a liderança da organização.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em pronunciamento após a confirmação da morte, alertou que o fim de Sinwar não significa o término do conflito. “Aos moradores de Gaza, ele destruiu suas vidas, mas isso não quer dizer que a guerra acabou”, declarou o premiê.
A caçada a Sinwar durou mais de um ano e envolveu esforços conjuntos das Forças Armadas e do serviço secreto israelense, o Shin Bet. Segundo o porta-voz do Exército, Daniel Haagari, a estratégia foi cercar o líder do Hamas a partir de ataques em áreas onde a inteligência indicava sua possível presença.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, classificou Sinwar como um “assassino em massa” e o responsabilizou diretamente pelas atrocidades cometidas em 7 de outubro. A confirmação da identidade do terrorista foi realizada através de testes de DNA e comparação de arcada dentária.
A morte de Sinwar ocorre em um momento de intensificação das operações militares israelenses em Gaza. Nesta mesma quinta-feira, um ataque a uma escola que abrigava deslocados em Jabalia resultou em 28 mortes, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. O grupo nega que o local seja utilizado para fins militares.
A eliminação do líder do Hamas representa um golpe significativo para a organização, mas levanta questões sobre as possíveis repercussões e o futuro do conflito na região. Analistas apontam que a morte de Sinwar pode desencadear uma nova onda de violência ou, potencialmente, abrir espaço para negociações de paz.
Enquanto Israel celebra essa vitória estratégica, a comunidade internacional permanece apreensiva quanto aos desdobramentos dessa ação. A ONU e diversas nações continuam a pressionar por um cessar-fogo e pela retomada de negociações diplomáticas para encerrar o conflito que já se estende por mais de um ano.