O Uruguai seguiu os passos da Argentina ao reconhecer Edmundo González Urrutia como o legítimo vencedor das eleições presidenciais na Venezuela. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (2) pelo ministro uruguaio das Relações Exteriores, Omar Paganini, através de uma publicação no X, anigo Twitter.
González, candidato da oposição e apoiado pela líder opositora María Corina Machado, foi impedido de participar do pleito pela Justiça Eleitoral venezuelana. Mesmo assim, seu triunfo foi endossado por Montevidéu após a divulgação de evidências que, segundo o governo uruguaio, demonstram claramente que ele obteve a maioria dos votos.
“Em função de evidências esmagadoras, fica claro para o Uruguai que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais na Venezuela. Esperamos que a vontade do povo venezuelano seja respeitada. A verdade é o caminho da paz”, escreveu Paganini.
Segundo o portal UOL, pouco antes, a chanceler argentina, Diana Mondino, havia publicado no X uma mensagem com o mesmo teor, confirmando sem lugar para dúvidas que González é o legítimo vencedor e presidente eleito da Venezuela.
A decisão dos países vizinhos ocorre em meio a uma crescente pressão internacional por transparência. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, o atual presidente Nicolás Maduro foi reeleito com 51,20% dos votos. No entanto, quase uma semana após o pleito, o CNE ainda não divulgou os boletins de votação por seção, alimentando desconfiança sobre a legitimidade do processo eleitoral.
A oposição venezuelana, por sua vez, afirma que González venceu a eleição com cerca de 70% da preferência popular. A falta de clareza e a demora na divulgação dos resultados oficiais têm levado à intensificação das tensões políticas no país.