Por Edmundo Polck Fraga (*)
Conforme dados do IBGE (2022), a população na Região Metropolitana do Vale do Aço – RMVA, (Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo) já supera 500 mil habitantes. Conforme projeção para os próximos 30 anos, vamos atingir 800 mil habitantes. Tudo isso vivendo na área de 805 km², ou seja, aproximadamente 1000 habitantes por km².
Já que Singapura possui uma área menor que a do Vale do Aço, com uma população de 5,6 milhões de habitantes (nove vezes a população da RMVA) e consegue gerar uma renda per capita de US$ 88.447, maior do que os Estados Unidos (Conf. FMI). Nos também podemos melhorar a renda de nossa população!
Isso significa – que reservando as proporções – nós também podemos projetar um futuro mais promissor para nossa região. Mas para que isso aconteça, precisamos planejar pensando sempre no grande Vale do Aço!
Sabemos dos imensos desafios que existe pela frente!
Hoje, apesar de nossa economia representar a segunda de Minas Gerais, onde a movimentação do setor de serviço se destaca com 38,81% superando o tradicional setor industrial que detém 37,46% do total de R$ 17 bilhões do PIB, não podemos garantir que sempre será assim.
A décadas convivemos com momentos insertos para nosso parque fabril, onde por um lado, além da briga entre os acionistas da Usiminas (Ternium vc CSN), percebemos que o setor siderúrgico mineiro e por consequência o Setor Metal Mecânico, hora patina, hora pisa no freio reduzindo sua produção em relação ao aumento brutal das importações chinesas.
E para fazer frente aos desafios que se aproximam, precisamos urgentemente pensar na diversificação de nossa economia, atraindo outros investimentos como, por exemplo, o setor de turismo e de Alta Tecnologia (que possa promover a inovação e desenvolvimento de atividades tecnológicas), consequentemente atrair instalação de empresas, universidades, incubadoras, centros de eventos e laboratórios, aumentando assim nosso PIB e renda per capita.
Não podemos – mais – colocar todos os ovos na mesma cesta!