Galvão Bueno, ícone da narração esportiva no Brasil, foi anunciado como a mais nova voz do Prime Video. Após décadas na Globo, ele agora liderará as transmissões do Brasileirão e da Copa do Brasil na Amazon, que vem investindo pesado no mercado esportivo. A parceria, válida até 2029, inclui a exibição de 38 jogos exclusivos por temporada e conta com um orçamento robusto de R$ 2 bilhões, consolidando a plataforma como um player relevante na disputa por audiência no futebol nacional.
Essa estratégia reflete uma tendência global: grandes plataformas de streaming estão cada vez mais focadas em esportes. Mas por que o esporte, e especialmente o futebol, se tornou um campo tão disputado pelas gigantes digitais?
A resposta está no poder do esporte de reunir milhões de pessoas em torno de uma experiência única. Ao contrário de outros formatos de entretenimento, como filmes ou séries, o esporte ao vivo oferece um engajamento imediato, onde cada segundo importa. Como destaca Junior Borneli, CEO da StartSe, “nada é capaz de engajar tantas pessoas, por tanto tempo”. Essa capacidade de capturar atenção por períodos prolongados é ouro para plataformas que buscam reter usuários e maximizar o tempo de tela.
No caso da Amazon, isso significa mais do que apenas entretenimento: é uma oportunidade de coletar dados, entender padrões de comportamento e, no final, impulsionar vendas. Como uma gigante do e-commerce, a empresa aproveita o esporte como um canal para promover produtos e serviços, integrando entretenimento e consumo em uma única experiência.
O Brasil, país do futebol, é um campo fértil para essa estratégia. A divisão dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro entre Amazon, Globo, Record e YouTube marca uma nova era, onde o consumidor tem mais opções e, ao mesmo tempo, mais plataformas disputando sua atenção. Além disso, a entrada de Galvão Bueno reforça o apelo emocional dessa transformação. Sua voz, carregada de história e emoção, conecta gerações e adiciona um valor único à experiência de assistir aos jogos.
O movimento da Amazon não é isolado. Outras big techs, como Apple, Google e Netflix, também estão testando águas no esporte, percebendo o potencial de atrair audiências massivas. Esse fenômeno reflete uma mudança na forma como consumimos conteúdo: o entretenimento não é mais um fim em si mesmo, mas uma peça-chave de ecossistemas maiores que unem dados, publicidade e vendas.
Com essa nova fase, o mercado de transmissões esportivas no Brasil promete mais inovação, competições acirradas entre plataformas e, acima de tudo, mais opções para o público. Para os amantes do futebol, é um novo capítulo repleto de possibilidades. Para empresas, é a prova de que o esporte continua sendo um dos maiores ativos culturais e comerciais do mundo.
O que você achou dessa transformação do esporte no Brasil? Deixe seus comentários abaixo ou acompanhe mais reflexões em nossa coluna no Carta de Notícias!