A Prefeitura de Coronel Fabriciano já estruturou os serviços de saúde para garantir a assistência da população, atender pessoas com sintomas de dengue e chikungunya e, principalmente, combater o mosquito Aedes aegypti transmissor das arboviroses.
A aplicação do fumacê nos bairros da cidade é uma destas ações efetivas. A limpeza urbana foi reforçada e, desde o início do ano, um dia da semana é destinado para antecipar o calendário de capina e limpeza nos bairros. As visitas domiciliares dos Agentes de Controle de Endemias (ACEs) foram ampliadas, pontos críticos são visitados e os acumuladores são convencidos a eliminar potenciais focos do Aedes aegypti. O que é retirado destes locais é recolhido no mesmo dia pela limpeza urbana. Na próxima semana, está prevista a realização do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa).
O secretário de Governança da Saúde, Ricardo Cacau, explica que as medidas em curso somam ao trabalho de prevenção e controle das arboviroses feito ao longo do ano.
“Fabriciano e o Vale do Aço são endêmicos em arboviroses. E em nosso município, fazemos um trabalho anual de combate às arboviroses com: educação permanente com panfletagem; envolvimento das escolas e o trabalho contínuo dos Agentes de Combate às Endemias em conjunto com os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs)”, detalha o secretário.
Mas Cacau reforça que o combate às arboviroses precisa de engajamento de cada morador. “Este é o período crítico para as doenças e a Prefeitura está fazendo a parte dela. Mas para combater as arboviroses precisamos do apoio de todos. Basta cada morador tirar 10 minutos do seu dia para cuidar de sua casa, do seu quintal e eliminar água parada evitando a infestação do mosquito transmissor”, convoca.
NÚMERO DE CASOS
Causadas pelo Aedes aegypti, as arboviroses dengue e chikungunya seguem aumentando o número de casos em todo o país. E em Fabriciano, a situação se repete. Apesar dos esforços para combater o mosquito transmissor das doenças, o município também tem registrado o aumento de casos a partir do início de novembro – bem antes do período crítico para as arboviroses.
Segundo dados epidemiológicos da Secretaria de Governança da Saúde/Gerência de Vigilância em Saúde, o município registrou 1.032 casos de dengue entre o dia 5 de novembro de 2023 e 6 de janeiro de 2024. Chama atenção, o total de notificações com sinais característicos de chikungunya: no mesmo período, foram 3.148 casos – só entre a última e primeira semanas do ano foram 1.254 notificações.
Vale ressaltar que os dados do boletim da Situação Epidemiológica das Arboviroses referem-se aos pacientes notificados que buscaram os serviços de Saúde.
ATENDIMENTO DE PACIENTES
Em Fabriciano, a rede de saúde está preparada para o manejo clínico de pacientes com suspeitas das doenças, seguindo os atuais protocolos do Ministério da Saúde.
Estão à disposição da população, 15 Unidades Básicas de Saúde que funcionam de segunda à sexta-feira, das 7h às 17h. Elas devem ser a primeira unidade a ser procurada em caso de sintomas das arboviroses: como febre, dores no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele.
O município também conta com a UPA 24 Horas e o Hospital Dr. José Maria Morais, com funcionamento 24 horas. A nossa orientação é que o usuário só procure a UPA ou HJMM em caso de piora no quadro clínico ou quando as UBSs não estiverem funcionando.
A Secretaria ainda tem reforçado as vistorias e sensibilização para prevenção, orientação de pessoas com sinais sugestivos de arbovirose procurar a rede municipal de saúde e diminuir a subnotificação; além de realizar a testagem de pacientes.
SÓ FUMACÊ NÃO RESOLVE
O fumacê tão reivindicado pela população no período crítico da doença ajuda, mas não resolve o problema em definitivo. Isso porque o inseticida “mata” o mosquito adulto, impedindo assim que ele contamine mais pessoas. No entanto, a medida não tem a mesma eficácia contra as larvas e ovos, que se transformarão em mosquitos, e estão dentro das casas.
O agente de combate às endemias, Marco Túlio, reforça que a prevenção e controle das arboviroses requer um trabalho contínuo, dia após dia. “Visitamos as casas durante o ano todo. Mas o trabalho se intensifica no período de chuvas, porque gera mais acúmulo de água em recipientes, propiciando aumento dos mosquitos.”
Mas ele lembra que os agentes não estão nas casas de todas as pessoas todos os dias. “É muito importante a população ajudar, cuidando do seu quintal, da sua casa; observar se tem um recipiente com água, fazer a limpeza, evitar acumular o lixo e descartar de maneira correta. Isso já ajuda e muito na diminuição de focos e casos”, sensibiliza o agente de endemias.