Morador de Ipatinga, Henrique Souza Silva, de 23 anos, é um dos pacientes do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do Hospital Márcio Cunha (HMC), que semanalmente faz sessões de hemodiálise para tratamento de doença renal crônica. Há dois anos, ao sentir dor de cabeça intensa, que não cessava, e ver que a pressão estava muito alta, Henrique procurou atendimento médico e, após passar por exames, descobriu a doença renal. Aos 21 anos ele iniciou a hemodiálise no CTRS do HMC, referência no tratamento para todo o leste de Minas Gerais.
Três vezes por semana, Henrique faz hemodiálise, com duração de três horas e meia cada sessão. “Quando não fazia o tratamento, vivia com dores e me sentia mal. Agora minha condição de vida melhorou bastante, tenho uma qualidade de vida melhor do que eu tinha antes”, ressalta.
Assim como Henrique, outras pessoas também sofrem com problema nos rins e precisam fazer hemodiálise no HMC, ou realizar a diálise peritoneal, em casa. “Fui muito bem recebido por toda a equipe desde o início do meu tratamento. Aqui fui acolhido e tive todo apoio necessário. Mas é importante levar a sério os cuidados com a nossa saúde e as recomendações dos médicos. Uma forma de poder prevenir a doença é manter um estilo de vida saudável, uma boa alimentação, se hidratar e evitar o consumo de álcool”, comenta.
A conscientização quanto a prevenção de doenças renais crônicas é importante e, por isso em 14 de março, é celebrado o Dia Mundial do Rim. Criada pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) e pela Federação Internacional de Fundações do Rim (IFKF), a campanha reúne centenas de países com o objetivo de conscientizar sobre as doenças renais, com foco na prevenção, no diagnóstico precoce e no tratamento adequado.
No país, a ação é coordenada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia e encabeçada pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) que também realiza ações de conscientização. A temática da campanha deste ano é “Saúde dos Rins (& exame de creatinina) Para Todos: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento” e tem como pano de fundo a prevenção das doenças renais, com foco no diagnóstico precoce e tratamento adequado.
“O Hospital Márcio Cunha possui um centro de nefrologia moderno, equipado com as melhores tecnologias de hemodiálise e diálise peritoneal, além de uma equipe multidisciplinar, enfermagem e nefrologistas altamente capacitados”, afirma o médico nefrologista da Fundação São Francisco Xavier, Daniel Calazans.
DOENÇAS RENAIS CRÔNICAS
As doenças renais são condições potencialmente graves, provocadas pela redução da eficiência das funções metabólicas dos rins. São problemas comuns que podem se apresentar de forma crônica ou aguda, causando complicações graves. Os tipos mais comuns são cálculos renais ou pedra nos rins, infecção renal ou pielonefrite, cistos renais, tumor de rim e insuficiência renal ou perda da função renal.
As principais causas de doença renal crônica são a hipertensão e o diabetes. “O sofrimento com doenças renais torna essencial a difusão de informações. A principal delas é o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico”, explica Daniel Calazans.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Nefrologia, as doenças renais crônicas afetam mais de 10 milhões de pessoas no país e cerca de 850 milhões no mundo. Segundo o último censo de 2021, o total estimado de pacientes que faziam hemodiálise no país era de 148.363 pessoas.
CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA
O Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) da Fundação São Francisco Xavier alia qualificação técnico-científica, incorporação tecnológica e cuidado humanizado. O setor de Hemodiálise possui 80 pontos e mais de 100 máquinas para realização da terapia dialítica sendo um dos maiores do Estado de Minas Gerais.
A população de Timóteo também conta com um espaço da FSFX para atendimento de alta complexidade no tratamento de doenças renais crônicas. A estrutura conta com 35 cadeiras de diálise e tem capacidade diária de atendimento de 200 pessoas em tratamento de hemodiálise.