O Google confirmou a autenticidade de 2,5 mil documentos internos vazados e divulgados na última segunda-feira (27), que detalham o funcionamento do algoritmo do mecanismo de buscas da empresa, conhecido como SEO (sigla em inglês para Otimização para Mecanismos de Busca). A confirmação foi dada ao site The Verge por meio de porta-voz da companhia.
O material revela que o Google monitora dados que podem ser usados em seu algoritmo de classificação de busca, como cliques e dados de usuários do navegador Chrome, contrariando afirmações anteriores da empresa sobre o que entra ou não no ranqueamento de conteúdo do buscador. O incidente marca o maior vazamento de informações sobre o algoritmo de busca e oferece uma visão inédita sobre os critérios que afetam a visibilidade online de websites e negócios.
Apesar de reconhecer o vazamento, o representante do Google Davis Thompson advertiu contra “fazer suposições imprecisas sobre a busca com base em informações fora de contexto, desatualizadas ou incompletas”.
Um dos fatores revelados pela documentação é a “autoridade de domínio”, uma medida de relevância de um site em um determinado assunto, que pode determinar sua posição nas buscas. No passado, o Google havia negado a existência de um sistema similar.
A métrica seria utilizada para a formação de “listas brancas” para tópicos sensíveis como eleições e a pandemia da Covid-19, sugerindo esforços do Google para identificar fontes confiáveis em assuntos específicos.
A busca do Google é considerada uma das principais forma de organizar a internet, com o SEO sendo um conjunto de diretrizes que determinam como um site de ser estruturado e que tipo de conteúdo deve ser produzido. Contudo, a caixa-preta do sistema, que tem 26 anos de idade e está em constantes mudanças, nunca foi revelada pelo Google.